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domingo, 30 de setembro de 2012

Uma das mensagens mais pertinentes de Carl Sagan para a humanidade. (LEG...

É mesmo???



É mesmo? Então - se metade disso for verdade - agradeça às 'chances' do embaralhamento genético... Não é mérito seu, é a sorte de possuir uma genética assim - se for verdade -, além de ter recebido imprintings, acolhido experiências e ensinamentos... Tudo isso de forma - comprovadamente - involuntária... O livre-arbítrio é uma falácia, esqueça suas escolhas... Sem dúvida a resultante em se comportamento é único, mas não dependeu da sua vontade tanto quanto dependeu de seus genes, e da cadeia de eventos de sua vida... Portanto, não tripudie sobre a grande maioria, que não teve - simplesmente - a mesma sorte... Colabore com eles... Sem arrogância... E boa sorte... Bela foto... Belíssima...

Carlos Sherman

CUBA - O Drama de um povo que não tem papel higiênico




CUBA - O Drama de um povo que não tem papel higiênico
Por 'ENCOSTO'

A falta crônica de papel higiênico fez com que os cubanos encontrassem uma utilidade sanitária para as publicações comunistas.

Desde seu primeiro momento, a revolução cubana promete "acabar com a crise de abastecimento". Em vão. Exemplo notório do fiasco das economias comunistas, a ilha nunca conseguiu ser um país normal, no qual se encontra no comércio o suficiente para as necessidades da vida civilizada. Escolados por uma vida de filas e racionamentos, os cubanos aprenderam que tudo o que o governo diz deve ser entendido ao avesso. Quando Fidel Castro deu a "boa notícia" de que não iria faltar leite para as crianças, a mensagem real era que não haveria leite para ninguém, exceto para os menores de 7 anos. No mês passado, quando o governo anunciou a chegada para o fim do ano de um carregamento de papel higiênico importado, os cubanos entenderam que não há solução à vista para a falta crônica do produto sanitário básico.

Duas décadas sem papel higiênico ajudaram os cubanos a encontrar uma utilidade, digamos, escatológica para o jornal oficial do Partido Comunista, o Granma, e para o recém-lançado Dicionário de Pensamentos de Fidel Castro, um livrão de mais de 300 páginas muito apreciado por suas folhas finas e macias. O uso sanitário das publicações do governo é tão difundido que já deu origem a uma versão bizarra da lei da oferta e da procura: no mercado paralelo, o jornal da semana passada é vendido pelo mesmo preço que o da edição do dia. Na verdade, não importa a data da publicação se a finalidade for substituir o papel higiênico. Favorito para o asseio dos cubanos, o Granma tem oito páginas (dezesseis às sextas-feiras) e 400.000 exemplares diários. Seus artigos, pura ladainha comunista, são uma enorme chatice. As notícias, distorcidas pela propaganda oficial, não têm credibilidade. Mas o diário é bastante valorizado pela qualidade absorvente do papel em que é impresso e também pelas cores firmes, que não mancham o traseiro de seus, por assim dizer, leitores.

O Granma é ansiosamente esperado por uma fila que se forma a partir das 6 horas da manhã. A maioria é de aposentados, que complementam a pensão minguada com o comércio de jornais para uso sanitário. Nas ruas de Havana, cada exemplar é revendido por cinco vezes seu preço na banca. Na falta do Granma, os revendedores oferecem exemplares do Juventud Rebelde (o papel é igual ao do Granma, mas a tinta azul usada na sua impressão desperta suspeitas). Em situação de aperto, há quem utilize o Trabajadores. O semanário sindical é, contudo, desprezado devido a seu papel áspero e à tinta laranja que deixa marcas reveladoras nas mãos e nas roupas das pessoas.

Até mesmo na redação do Granma, os jornalistas e demais funcionários usam as sobras de papel da gráfica. "Meus amigos sempre faziam piada, dizendo que se lembravam de mim quando iam ao banheiro", disse a VEJA o jornalista cubano YPP, que trabalhou no Granma até 2006. Por temor de represálias, ele pediu para ser identificado apenas pelas iniciais. Autor de uma matéria na qual fazia críticas veladas ao regime, YPP recebeu uma punição típica das ditaduras comunistas: foi proibido de trabalhar não apenas na imprensa, mas em qualquer lugar. Hoje vivendo no exterior, ele lembra como sua avó cortava cada folha do Granma em quatro pedaços e deixava uma pilha no banheiro para os netos usarem.

Uma única fábrica produz papel higiênico em Cuba, mas em quantidade insuficiente para a demanda. Até recentemente o produto podia ser encontrado nas lojas especiais, nas quais o preço é cotado em dólar. Apesar de ele custar caro demais para o bolso de um trabalhador, muitas famílias mantinham em casa pelo menos um rolo, para uso das visitas. Mas neste ano a maioria das lojas especiais fechou por falta de mercadoria. Papel sanitário é apenas um item da lista de produtos de higiene escassos em Cuba. Por falta de sabonete, os cubanos tomam banho com sabão de coco. As mulheres cortam pedaços de toalha para servir de absorvente. Não há expectativa de melhora. Nos primeiros três meses do ano, o turismo caiu 13% e a mesada venezuelana baixou para a metade. A ineficiente produção agrícola obriga o país a importar 80% dos alimentos. A produção industrial caiu 50% desde 1989 e o PIB é agora 35% menor. Para completar, o presidente Raúl Castro mandou reduzir o consumo de eletricidade nas fábricas em 12%. "Nenhum país do mundo consegue crescer com um corte de eletricidade desse tamanho", disse a VEJA o economista cubano Oscar Espinosa Chepe, de Havana. Cuba não é uma ilha. É um barco afundando com água por todos os lados. A boa notícia? Não vai faltar jornal.

O ENCOSTO
Onde houver fé, levarei a dúvida!

Porque a teoria do comunismo (ou socialismo) ao ser aplicada à vida real, fracassa vergonhosamente.




Porque a teoria do comunismo (ou socialismo) ao ser aplicada à vida real, fracassa vergonhosamente.
Por Gilghamesh

A teoria de Carl Marx prega que, somente eliminando os sistemas de classes sociais, poder-se-ia chegar a uma sociedade igualitária e justa, onde a riqueza produzida seria dividida igualitariamente por toda a população, através do oferecimento de educação, saúde, moradia e emprego, eliminando-se a livre iniciativa e o livre mercado para impedir a formação de novas classes sociais que substituiriam as classes sociais já eliminadas.

Todos os países que tentaram aplicar essas teorias ultrapassadas falharam unanimemente, e precisaram fazer ajustes apressados, que acabaram transformando esses países em ditaduras, que tiveram que gastar a maioria de seus recursos, em controles estatais para dominar, controlar e policiar o povo, impedindo e sufocando qualquer pensamento ou ação contrária ao “establishment” adotado.

Mas, se analisarmos mais profundamente, perceberemos que o dano ao desenvolvimento desses países, a criação de riquezas e ao seu povo, é muito mais profundo e até mesmo, antinatural.

Uma vez que se eliminam as classes sociais, nivelando todos os cidadãos em uma classe única dita proletária, elimina-se também a livre iniciativa, responsável pela criação de novas riquezas e novas ideias necessárias para o enriquecimento e desenvolvimento desta sociedade e da nação, impedindo o crescimento dos indivíduos, pois no comunismo, não é possível ser aplicado um sistema meritocrático, sistema esse, fundamental para a geração de novas riquezas estatais, novas tecnologias e novas ideias, que gerarão novos lucros ao país, lucro esse, que seria distribuído para a sociedade.

De fato, um sistema não meritocrático, gera apenas mediocridade, nivela-se a sociedade por baixo.

Tomemos por exemplo, dois profissionais aqui no Brasil, dois médicos:

Um deles, é um profissional altamente qualificado, dedica-se totalmente à sua profissão e ao seu desenvolvimento, para oferecer o melhor possível em sua área de atuação e está sempre reciclando o seu conhecimento.

Do outro lado, temos um profissional medíocre, que faz apenas o básico exigido pela sua profissão.
O Brasil utiliza, assim como todos os países onde existe a livre iniciativa e o livre mercado, um sistema meritocrático, para recompensar esse médico altamente especializado.

Ele recebe um salário bem maior, recebe méritos por suas pesquisas e consequentemente, desenvolve novas ideias, pois, ele é estimulado, através desses maiores ganhos, a se desenvolver cada vez mais e ser reconhecido como um inovador.

O profissional medíocre ganhará apenas o salário básico, e continuará assim até perceber que precisará melhorar enquanto profissional, para ganhar mais.

No regime comunista teorizado por Marx, o sistema meritocrático, não existe.

E não existe por um motivo muito simples, ao se adotar o sistema meritocrático, automaticamente se cria um sistema de classes, onde um indivíduo pode ganhar mais do que outro indivíduo, exercendo a mesma profissão.

Então, o que acontece no regime comunista, é que, se um profissional altamente gabaritado, ganha o mesmo que um profissional medíocre, esse profissional de excelência, por não obter maiores ganhos salariais por ser melhor que os outros médicos, acaba se nivelando ao profissional medíocre, poupa-se, e faz apenas o básico, e dessa forma, arruma outro emprego para trabalhar nas horas vagas, para aumentar o seu sustento.

No comunismo, o nível profissional nivela-se para baixo, em todas as profissões, a mediocridade profissional é a balizadora, e assim, mata-se a livre iniciativa, mata-se o surgimento de melhores profissionais, mata-se a criação de novas ideias, pois estas, não são reconhecidas e muito menos premiadas ou estimuladas, pois tais ações criariam novas classes sociais.

Façamos um balanço:

Qual país onde o comunismo foi instalado criou novas tecnologias, novos produtos, novos conhecimentos, que ajudaram ou melhoraram o desenvolvimento econômico e a criação de novas riquezas para o povo desse país?

A resposta é: nenhum.



E se não criaram tais coisas, não puderam criar novas riquezas para distribuir igualitariamente para seu povo, melhorando a condição financeira destes, pelo contrário, tais países apenas distribuem a pobreza igualitária.
O regime comunista gera um circulo vicioso, onde a economia não pode crescer, fica estática e perigosamente sujeita a um colapso, como vimos acontecer na União soviética, não gerando novas riquezas para melhorar a condição econômica de seus indivíduos.

Os teoristas marxistas, então, ficam criando desculpas, acusando, por exemplo, que a falta de geração de riquezas, é culpa de embargos, como acontece em Cuba, mas levianamente esquecem-se de mencionar, que vários países negociam com Cuba, mas, como Cuba não produz quase nada, não pode oferecer produtos competitivos, para gerar riqueza e distribui-la para seu povo e se não produz riqueza, só pode distribuir pobreza.

Vale ainda lembrar, que o sistema meritocrático é algo natural, ao observarmos o comportamento das espécies, percebemos que este sistema existe naturalmente, pois os melhores caçadores ficam com a melhor parte da caça, os melhores coletores ficam com a melhor parte da coleta, o indivíduo que tem mais vigor, escolhe as melhores fêmeas para procriar, os indivíduos mais inteligentes, recebem proteção do grupo, e assim por diante, estes indivíduos são estimulados a tornarem-se cada vez melhores, forçando os indivíduos medíocres a melhorarem em igual proporção, para sobreviverem e desta forma, melhorar as condições desse grupo como um todo, frente à natureza.




Nesse sentido, o comunismo fracassa vergonhosamente, pois tenta instalar um sistema não natural, tenta modificar a natureza do homem e a própria evolução, mudanças impossíveis de obter resultado e que apenas prejudica o grupo em vez de melhorar as condições deste, pois privilegia a mediocridade e a mediocridade leva à pobreza e a extinção do grupo. 

Marxistas de carteirinha, leiam atentamente a frase abaixo, parece que Marx, não entendeu Aristóteles, ou simplesmente não estudou...

A Universe Not Made For Us HD - Um Universo que não foi feito para nós ...

Michio Kaku - O que Colocou o "Bang" no Big Bang ? (LEGENDADO)

SPACE.COM - O Quão Grande é o Universo ? (LEGENDADO)

Eric Clapton - BB King -Crossroads 2010 - Live

Chuck Berry, Eric Clapton, Keith Richards jam

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Cultura NEGRA??? Manifesto...



Não entendo porque certas pessoas insistem em falar de Cultura Negra, Beleza Negra, etc Negra... 

Por um lado a questão é 100% inclusiva, posto que todos, e toda a humanidade, descende de uma única mãe, supostamente 'negra' - no que tange à quantidade de melanina em sua pele -, e residente na África Oriental... Por outro lado, tal 'slogan' parece preconceituoso, excludente e muito confuso; posto que não existem humanos 'mais ou menos importantes do que outros' apenas por possuírem 'mais o menos melanina em sua pele'... Nem humanos com 'mais ou menos afinidade', apenas por possuir 'mais ou menos melanina em sua pele'; visto que a África é o continente que mais guerras abriga, negros contra negros, negros matando negros... Não parece haver unidade africana... E mais, trata-se do continente que mais abriga opressores 'negros' contra 'oprimidos' negros... 

Aliás, não existem humanos 'puros', no que tange à 'contaminação' com alguns genes pouco inclinados à produção de melanina... Conforme diagnosticado cientificamente, Seu Jorge e Neguinho da Beija Flor apresentaram genética muito semelhante aos habitantes da Europa, enquanto Alcione demonstrou muito mais predominância genética africana... Mas esta questão não está limitada à cor da pele... Existem aspectos bem mais importantes, como por exemplo o Sistema Imunológico, e certas características fisiológicas... O Seu Jorge e Neguinho da Beija Flor inclusive parecem dispor de mais melanina do que Alcione...

A quantidade de melanina nada versa sobre o caráter, nem sobre a musicalidade, cultura, etc, estando tão e somente relacionada à proteção contra a incidência de luz ultravioleta... Tivemos tanto 'negros' quanto 'brancos', ou 'mais ou menos' negros e brancos, envolvidos - por exemplo - no tráfico de escravos... Negros como Chachá, o maior traficante de escravos da Africa Ocidental  ou Atlântica, e seu genro, o famoso Zé Alfaiate... Zé foi capturado ainda em sua tenra na juventude por outros negros em Angola e vendido a traficantes portugueses, transportado com requintes de sofrimento e humilhação, nas terríveis naus negreiras, ao Brasil... Em terras brasilis, e após extenso trabalho escravo, Zé foi alforriado por um 'branco' generoso, decidindo portanto retornar à sua terra natal... Mas para quê? Para trabalhar como 'alfaiate'??? Não, Zé casou-se com a filha de Chachá e passou a cuidar do negócio do 'sogrão', 'capturando e traficando escravos negros'... Assim como contamos brancos lutando pela abolição da escravatura, também contabilizamos negros lucrando com tal negócio... Assim como podemos notar que a África, até hoje, e como nenhum outro continente, excede-se em trabalho escravo... 

Tal sectarismo é despropositado, confuso e de péssimo tom... E é praticado, na maior parte das vezes, por quem não intenciona praticar nenhum tipo de ato preconceituoso, e/ou por quem já sofreu intenso preconceito... Mesmo assim, e ainda assim, trata-se - inequivocamente - de grave ato preconceituoso... Reflitam sobre esta questão... Voltem atrás... Este é um beco sem saída, sujeito a perigosas consequências... Voltem atrás, enalteçam a espécie humana, o ser humano, todo aquele que - independente da quantidade de melanina - reconhece uma 'única e solidária espécie humana': Homo sapiens sapiens... 

O que pensar sobre grupos que enaltecem a 'Cultura Branca'???

Somos todos humanos, demasiado humanos... Independente da quantidade de melanina em nossa pele... Essa é a Cultura Humana, a sua, a minha, a nossa...

Carlos Sherman

Lawrence Krauss - Um Universo a partir do Nada - Entrevista CNN (LEGENDADO)

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

A inocência dos muçulmanos - Legendado (Completo)

Seja lá o que for...






Quando, alguma vez, a liberdade irrompe numa alma humana , os deuses deixam de poder 'seja lá o que for' contra esse homem.

Jean-Paul Sartre

Uma voz solitária... A voz da razão...


Crítica às pseudo-psicoterapias!

Boa tarde, Internauta!


Hoje participei de um evento na Universidade onde debati brevemente com um profissional da psicologia que, quando questionado por mim quanto à existência de evidências que atestassem a eficácia de uma dada abordagem terapêutica, justificou que não há como testar experimentalmente a linha terapêutica que ele defendia, por ela ser muito “holística” e “subjetiva”. Em virtude disso, estou divulgando mais uma vez um texto que escrevi no início do ano, onde exprimo minha crítica veemente contra qualquer tipo de linha psicoterápica que não possua embasamento científico. Este texto foi publicado originalmente em meu outro blog “Psique & Pseudo” que, temporariamente, se encontra inoperante. Leia meu texto, na íntegra, logo abaixo!

Tenham um dia PLENO!



A Crise das "Psicoterapias" e a briga entre os Conselhos Federais
Por Thales Vianna Coutinho

     No dia 08 de Fevereiro de 2012, logo após a aprovação do Projeto de Lei 7703/2006 conhecido como “Ato Médico” pela “Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado”, o atual presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM) Roberto d’Avila deu uma entrevista onde lançou a seguinte frase, quando lhe foi perguntado com relação ao papel do psicólogo no tratamento dos pacientes com transtornos mentais: “Como tratarão neuroses, esquizofrenia? Só com papo e conversa? De jeito nenhum. Essas doenças são causadas por deficiências bioquímicas, e os pacientes precisam de medicamentos”. Quase que imediatamente essa colocação ganhou a internet – principalmente os sites que abordam as questões relacionadas ao comportamento – e a partir de então vem recebendo dezenas de críticas. No dia 23 de Fevereiro, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) publicou em seu website oficial uma “Nota de Repúdio” à colocação de d’Avila, que finalizou com: “A Psicologia repudia essa fala pois tem certeza que não só os psicólogos, mas os próprios médicos não concordam com uma posição retrógrada e limitada como esta”.
     Eu sou psicólogo, e procuro sempre participar de discussões e debates – seja pessoalmente, seja mediado pelo computador – e nessas discussões pude perceber que foram muitas as críticas ofensivas ao presidente do CFM; porém muitos poucos profissionais tentaram compreender o subtexto da colocação dele. Para além de julgar se ele está certo ou errado é necessário – e urgente – buscar compreender a razão pela qual um Presidente de um Conselho Federal de Medicina, nutre essa visão com relação aos profissionais da psicologia. Atacá-lo com “paus e pedras” não vai “exorcizar” essa crença disfuncional com relação à função da psicoterapia. É preciso entender o argumento dele, e tentar desconstruí-lo com base em evidências, para assim conscientizar a população em geral (acadêmica ou não) de que a psicologia clínica não é “só papo e conversa”. Mas é quando chegamos nesse ponto que nos deparamos com um grande problema!
     No início dos anos 1990, o Dr. David Sackett da McMaster University (Canadá) fundou um movimento conhecido como “Medicina Baseada em Evidências” e coordenou uma equipe de pesquisadores responsáveis por varrer a literatura médica e descartar práticas que não estejam baseadas em evidências científicas, ou seja, que não derivavam de estudos com métodos controlados que produziram conclusões estatisticamente significativas capazes de embasá-las. Com isso, ele invalidou muitas das práticas médicas consideradas “eficazes”, mas que na realidade possuiam um efeito igual – ou pior – que o mero acaso. Aos poucos, esse paradigma de “ciência baseada em evidência” começou a se manifestar em outras áreas do conhecimento, não só da saúde, mas também administração, direito, educação, etc. Em meados dos anos 2000, essa visão chegou à psicologia (tanto clínica, quanto educacional, organizacional, jurídica, etc). A partir de então, várias foram as publicações na área e, uma das questões mais visadas até hoje se refere a estudar a eficácia da psicoterapia.
     Para esses estudos, geralmente – mas não sempre – se analisam as duas modalidades mais utilizadas: a “Terapia Cognitivo-Comportamenal” e a “Terapia Psicodinâmica”, e geralmente se opta por um método relativamente simples de pesquisa, que consiste em avaliar o paciente antes e após o tratamento, para verificar se ele teve êxito. Por exemplo, uma população de pacientes com diagnóstico de Depressão Maior. Suponha que essa população tenha um total de 200 indivíduos. Todos eles são avaliados antes do tratamento, utilizando o mesmo questionário padronizado, para evitar ao máximo qualquer diferenciação. Na sequência, metade deles (100 indivíduos) iniciam a Terapia Cognitivo-Comportamenal e a outra metade inicia a Terapia Psicodinâmica. Todos os profissionais envolvidos sabem que o foco da terapia é a depressão. Depois de um dado número de sessões, todas essas pessoas são novamente avaliadas (através do mesmo questionário aplicado no início) e então se faz um cálculo simples: [Resultado Final – Resultado Inicial]. Se o resultado é positivo, isso significa que a psicoterapia a qual ele foi submetido pode ter tido algum efeito. Então, chega o momento de realizar outros testes estatísticos para poder considerar se aquele resultado positivo se deve mesmo à terapia, ou é fruto do acaso. Por fim, comparam-se esses resultados e gera-se uma conclusão, que depois será publicada numa revista científica, criticada pelos seus pares e replicada em outros lugares do mundo com o objetivo de constatar se o resultado procede ou não.
     Mas afinal, depois de todo esse processo, o que se descobriu sobre a psicoterapia? Existem dezenas de evidências demonstrando que a “Terapia Cognitivo-Comportamenal” é muito eficaz para uma série de transtornos mentais (depressão, fobia social, transtorno de estresse pós-traumático, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, anorexia, esquizofrenia, etc), seja em combinação com medicação, seja sem medicação. A Terapia Psicodinâmica apresenta algumas evidências, mas ainda são muito poucas e há inclusive trabalhos mostrando que ela não é eficaz. E quanto às outras abordagens? A resposta é “não apresentam nada”, ou “quase nada” (um ou outro artigo isolado, sem replicação nenhuma).
     Evidentemente que nenhuma ciência é perfeita. É possível que daqui a algum tempo surja uma nova modalidade terapêutica que apresente evidências significativamente fortes para desbancar a Terapia Cognitivo-Comportamenal! Nesse caso, os verdadeiros psicólogos terão que abrir mão de tudo o que pensavam saber sobre a dinâmica clínica do paciente, e começar a se dedicar a essa nova abordagem. Toda ciência funciona assim, e a psicologia não poderia ser diferente. Como já dizia Thomas Kuhn, o conhecimento científico evolui quando um paradigma vigente entra em crise e é substituído por outro, que se mantém superior até que outro paradigma ainda melhor o substitua, e assim sucessivamente ad infinitum. Claro, nem sempre esse processo de substituição é simples. Às vezes é tão complicado e doloroso como um “parto seco”, mas, nesse caso, já está mais do que na hora da criança nascer!
     A triste verdade é que uma grande porcentagem de psicólogos(as) no Brasil não está acostumada a raciocinar com base em evidências. Muitos defendem sua atuação (seja na clínica, na escola, na empresa, etc) sustentando-se “no que alguém disse que deve ser feito”, e esse “alguém” geralmente é um sujeito que viveu na primeira metade do século passado e não realizou (seja por falta de interesse, seja por falta de recursos tecnológicos) nenhum estudo controlado para fundamentar sua teoria. E devido a essa cultura quase que religiosa (em que não se preocupa em provar nada, apenas se segue as palavras de um ou mais “profetas”), os profissionais que aderem a essas teorias continuam errando ao não testar empiricamente sua abordagem, e reproduzindo uma prática não científica. O detalhe é que a psicologia é uma ciência, e esses profissionais pseudocientíficos não abrem mão do título de “psicólogo(a)”. Além disso, é bem provável que aqui jaza a razão para a fala do presidente do CFM que gerou tanto reboliço. Afinal, até que se prove o contrário, muitas abordagens de psicologia clínica (nem todas, é claro) são sim um “bate papo”, onde o profissional está teoricamente confuso e o cliente está realmente perdido, e ludibriado, pois acreditou ter confiado seus conflitos às mãos de um profissional cientificamente respaldado.

Referências:

O famoso ato médico - Projeto de Lei 7703/2006. Disponível em: http://direitodomedico.blogspot.com/2008/03/o-famoso-ato-mdico-projeto-de-lei.html
Atuação de profissionais da saúde é ampliada em votação no Senado. Disponível em: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,atuacao-de-profissionais-da-saude-e-ampliada-em-votacao-no-senado,833205,0.htm
Nota de Repúdio à fala do Presidente do CFM. Disponível em: http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_120223_001.html
LEAHY, R. Cognitive-Behavioral Therapy: Proven Effectiveness. Disponivel em: http://www.psychologytoday.com/blog/anxiety-files/201111/cognitive-behavioral-therapy-proven-effectiveness
TOLIN, D.F. Is cognitive-behavioral therapy more effective than other therapies? meta-analytic review. Clinical Psychology Review, 2010.

Opiniões e Fatos...



Você tem direito a inventar suas próprias opiniões, mas não tem direito a inventar os seus próprios FATOS...

Neil DeGrasse Tyson - Você Tem Direito a sua Opinião, Não Sobre seus Fat...

Nietzsche - Human, All Too Human (Full BBC Documentary)

BBC - O Corpo Humano - O Poder do Cérebro

Como funciona o cérebro

BBC História do Cérebro - Episódio 01 - Tudo Na Sua Mente (2000)

A História do Universo em 10 Minutos (LEGENDADO)

domingo, 16 de setembro de 2012

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Michael Brian compartilhou a foto de Universo Racionalista.
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Triste saber que ainda existem pessoas que insistem em perder tempo com fantasias espirituais...

Foto da Terra tirada pela sonda "Spirit" em Marte.
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Você, Octavio Pinheiro Machado Milliet, Mário César Araújo e Marcos Elias curtiram isso.

Mário César Araújo "A ciência não é só compatível com a espiritualidade; é uma profunda fonte de espiritualidade."
- Carl Sagan

Mas, claro, essa "espiritualidade" dita por ele não passa da capacidad...Veja mais
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Michael Brian http://img.chan4chan.com/img/2010-08-21/1282355655279.png

http://img.chan4chan.com/img/2010-08-21/1282355655279.png
img.chan4chan.com
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Octavio Pinheiro Machado Milliet O Espírito, na filosofia de Espinosa, é nada mais que a descrição do conjunto do que é o ser humano, alma (ser intelectual) e corpo (ser na extensão), a experiência espiritual, portanto, é a sensação da univocidade do ser enquanto corpo e intelecto. De fato, a ciência, a filosofia, o conhecimento, a percepção do mundo, tem muito a ver com a experiência espiritual, dados esses parâmetros. =)

Já na superstição do significado de Espírito enquanto existência propriamente dita do que sobra após a morte, que seria uma alma com vontades e imortal, isso nada tem a ver com ciência, isso é puramente a fantasia do homem em ação. rs
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Carlos Leger Sherman Palmer Mário César Araújo, mas espiritualidade é um termos pra lá de carregado de superstição... O que Sagan clara e inequivocamente considerava a antítese de ciência...
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Octavio Pinheiro Machado Milliet Carlos Leger Sherman Palmer, você precisa entender que Sagan respeitava a filosofia de Espinosa. Num momento como esse é a esse pensamento que ele estava se referindo, é uma questão de contexto.
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Carlos Leger Sherman Palmer Octavio Pinheiro Machado Milliet, toda experiência é medida e decodificada pelo cérebro, em nossos neurônios... A 'mente' é a atividade cerebral... Não existe uma mente isolada, fora do corpo, logo não tem sentido falar sequer em duas entidades separadas, almas ou mente, e corpo... A 'mente' é um estado do corpo... Sem cérebro não existe atividade mental... Um derrame - por exemplo - que venha a comprometer o tecido cerebral afetará a subsequente resposta 'mental'... Chamar de 'espiritualidade' uma parte da experiência neural é um grande problema, que causa muita confusão... E trata-se, ao meu ver, de falácia nomotética, ou seja, o ato de dar um outro nome à mesma coisa... Como por exemplo chamar deus de 'energia'... Trata-se de confusão, e não raro, fuga... Um tentativa de fugir à verdade acachapante de que não existem deuses e nem almas...
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Octavio Pinheiro Machado Milliet Carlos Leger Sherman Palmer, eu debateria isso contigo, se eu por acaso discordasse. Eu não discordo, o problema é que você não conhece Espinosa, e está confundindo a filosofia dele com Descartes, que é aliás contra-argumentada por Espinosa.

O intelecto, no caso, é simplesmente o campo conceitual. Ele não é um plano de existência física, mas a definição de toda a simbologia. Ficou mais claro?
Abraços.
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Carlos Leger Sherman Palmer Respeitar Espinoza não corresponde a torná-lo infalível... Também admiro Espinoza, mas não preciso idolatrá-lo... Sagan também era um iconoclasta - como eu... Vide 'Um Mundo Assombrado por Demônios' onde Sagan põe todos os pingos nos 'ís'...
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Carlos Leger Sherman Palmer Sagan tinha uma clara preocupação com o 'ôba-ôba espiritualista'...
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Octavio Pinheiro Machado Milliet “Algumas pessoas acreditam que Deus é um enorme homem de pele clara com uma longa barba branca, sentado em um trono em algum lugar lá em cima no céu, ocupado na contagem da queda de cada pardal. Outros – como Baruch Spinoza e Albert Einstein – consideraram Deus como essencialmente a soma do total das leis da física que descrevem o Universo. Eu não conheço nenhuma evidência convincente para a existência de um patriarca antropomórfico controlando o destino da humanidade a partir de algum ponto celestial escondido, porém seria uma insanidade negar a existência das leis da física.”

Carl Sagan
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Carlos Leger Sherman Palmer Octavio Pinheiro Machado Milliet, Espinoza desconhecia o neurônio e a atividade cerebral... Fez muito com o que dispunha, e não dispunha de muito... Não precisamos nos resumir à compreensão de Espinoza, podemos ir além...
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Octavio Pinheiro Machado Milliet Carlos Leger Sherman Palmer Em sua "Ética", a obra prima, Espinosa bate algumas vezes nesse ponto, da limitação dos recursos da época para ir além em certos assuntos e, em sua extrema racionalidade, ele tem extremo respeito pela própria limitação. Seu pensamento é matemático, racional, e não teológico. Você parece desconhecer razoavelmente do assunto. Para te explicar eu precisaria citar cada proposição da Ética, algo meio complicado, ou, você ler a Ética por si mesmo.

Basicamente, Espinosa desconhecia o neurônio, mas ele trabalhou (e muito eficientemente) com o que ele tinha em mãos: O pensamento e formas de pensamento humano.

Estudar e compreender Espinosa definitivamente não é um resumo da realidade, meu caro.
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Carlos Leger Sherman Palmer Com direito afirma que não conheço Baruch de Spinoza??? Dedico um capítulo de meu livro a ele... Rsrsrsrs... Não preciso no entanto assinar abaixo de tudo o que disse ou percebeu... Spinoza foi um gênio... Um dos meus filósofos preferidos, mas viveu no século XVII... Estamos em 2012... Tenho Nietzsche em altíssima conta, mas posso discordar de algumas ideias... Respeito a filosofia de Spinoza - até certo ponto - e sua atitude, mas não preciso idolatrá-lo.... Só isso....
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Carlos Leger Sherman Palmer O meu livro se chama ETHOS, e homenageia a Ética de Spinoza...
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Octavio Pinheiro Machado Milliet Então eu fico espairecido por você considerá-lo supersticioso na sua visão absolutamente racional dos conceitos que ELE definiu para alma e espírito, você obviamente não o entendeu nesse ponto.
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Carlos Leger Sherman Palmer Rsrsrsr, eu pareço desconhecer o assunto??? Octavio Pinheiro Machado Milliet, está notando apenas ao minha 'integridade intelectual' enfrentando a sua devoção ao genial Spinoza... Mas tudo bem, não vamos a lugar algum mesmo... Só disse que estes subterfúgios nomotéticos, ou falácias que versão sobre a dualidade 'corpo e mente - ou alma', foram e são um tremendo problema, e produzem razoável confusão... Mas, façam como quiserem... O seu ataque 'ad hominen' não merece resposta... Conheço Spinoza, e profundamente, mas repito, sou um iconoclasta... E um cético... Não preciso 'crer' em Spinoza... Spinoza é um gênio, e pronto... Pensou, escreveu e atuo de forma fantástica... E isso merece o meu respeito... Posso no entanto partir de suas ideias, e ir além... Podemos todos... Assim como Sagan...
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Carlos Leger Sherman Palmer Octavio Pinheiro Machado Milliet o século XVII estava ainda afundado em superstição... Spinoza contribuiu para que emergíssemos... E daí a minha profunda admiração... Mas se vivo fosse, ele seguramente aprovaria a minha nota mais acima... Não existe de fato 'mente'...
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Carlos Leger Sherman Palmer Não existem nem almas e nem espíritos... E Spinoza fez o que pôde... Mas não podemos considerá-lo conclusivo... Ele não conheceu a neurociência... Ele ERROU....
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Carlos Leger Sherman Palmer Três graves falácias persistem e disfarçadas sobre o manto nomotético: 1) O homem é produto do meio; 2) A existência da alma; 3) O bom selvagem...
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Octavio Pinheiro Machado Milliet Certo, vou mudar o rumo então, eu achei que você conhecia Espinosa de fato, para ter utilizado ad hominem (não no sentido de um insulto desmoralizante, mas sim o questionamento do seu conhecimento prévio) nesse contexto.

Você deve estar familiarizado com o conceito de Substância em Espinosa, deve estar Familiarizado com Deus sive natura, deve estar ciente de que considera-se a Natureza como possuidora de infinitos atributos, dos quais conhecemos dois, a Extensão e o Intelecto. Deve estar familiarizado com o fato de que atributos diferem do conceito científico de dimensões, ou o conceito religioso e supersticioso de "planos espirituais", assim como diferem da dualidade Corpo e mente cartesiana.

Portanto, você provavelmente entende (ou deveria entender, a partir disso) que a separação entre o intelecto e o corpo, em Espinosa, é uma separação filosófica conceitual, e não uma separação em planos de existência, a lá Descartes.

O fato de que o corpo pensa e o intelecto se origina disso nunca foi negado por Espinosa, embora Descartes observasse uma separação metafísica entre os dois. Espinosa se mostrava ciente da ligação e IMANÊNCIA do "Corpo e alma", CLARAMENTE em sua filosofia. É justamente sobre isso que se trata o conceito de ESPÍRITO em Espinosa, a imanência entre Corpo e Alma, que você, numa clara má interpretação, acreditou se tratar da comum superstição humana.
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Mário César Araújo Gente, estamos todos falando a mesma coisa aqui. :)

Não há qualquer deus antropomorfo, há apenas a natureza do cosmos. Este é o "deus" de Espinosa: algo sem qualquer tipo de intel...Veja mais
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Octavio Pinheiro Machado Milliet A Alma em Espinosa CLARAMENTE EXISTE, enquanto a definição do ser humano pensante. ALMA em Espinosa DIFERE de ALMA na religião, isso deveria ficar claro, ainda mais para alguém que escreveu um LIVRO sobre o assunto.

E de fato, Mário César Araújo, justamente. "apenas uma coleção de leis físicas. E eu iria além: leis físicas, químicas e biológicas."
É mais fácil dizer "Leis da Natureza", ^^
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Mário César Araújo Aliás, deixe-me colocar isto de forma um pouco mais clara. É impossível refutar completamente o conceito de deus, porque ele não é um conceito fechado, mas um conceito aberto. Cada pessoa tem seu próprio conceito do que seria deus, assim, uma vez que você refuta um conceito, sobram todos os demais. Vide Epicuro, que refutou muito bem com o problema do mal.

Desta forma, é possível também definir deus como qualquer coisa e a definição que descrevi acima é a do panteísmo. Eu já fui panteísta e isso nada mais é do que um "ateísmo poético", digamos... Usa-se a palavra deus para se direcionar à natureza. Só que, como aconteceu com Einstein, isso gera muita confusão... Então decidi abolir a palavra deus de meu vocabulário e me assumir ateu. ;)

(Isso, claro, há um bom tempo atrás)
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Carlos Leger Sherman Palmer Sim Octavio Pinheiro Machado Milliet, pode diferir, mas com certeza não existe alma... Não existe nada parecido, além da incompreensão do século XVII... Repito, Spinoza fez o que podia, mas este tema não corresponde mais à filosofia... Trata-se de matéria científica, neurocientífica...
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Octavio Pinheiro Machado Milliet É, eu estou estudando com afinco o assunto, Mário César Araújo, para te dizer (confie se quiser) que Espinosa e Einstein não são considerados panteístas. =P
Leia isso aqui se quiser =)

http://universoracionalista.wordpress.com/2012/09/06/einstein-era-ateu/

Einstein era Ateu?
universoracionalista.wordpress.com
Bom, eu notei centenas de perguntas semelhantes por toda a internet, elas todas ...
Ver mais
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Mário César Araújo Octavio Pinheiro Machado Milliet, eles eram sim. E Einstein, no final da vida, talvez tenha assumido o ateísmo. Vide algumas citações retiradas de cartas dele, que vieram a público...Veja mais
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Carlos Leger Sherman Palmer Mário César Araújo, brother, se esta conversa reside no plano do racionalismo, devo discordar... Trata-se da falácia retórica da inversão do ônus da prova, ou seja, deus não existe até que quem propõe a sua existência apresente evidências que possam ser convertidas em provas e fatos... Sem isso, recaímos em outra falácia lógiica: 'não pode provar a INEXISTÊNCIA - do que não não existe'... Ou seja, trata-se de tempo a perder ou não... Ou seja, quem requer que uma proposição seja debatida deve trazer - ao menos - evidências... Deus é sim inexistente até que se prove o contrário... Posto desta forma, e discordo por exemplo de DeGrasse, o agnosticismo é uma falácia nomotética do teísmo... E por aí vai...
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Mário César Araújo Carlos, o fato é que não se pode provar a inexistência de algo na ciência. Eu sei e não estou invertendo o onus da prova... Leia melhor o que eu disse. ;)
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Carlos Leger Sherman Palmer Octavio Pinheiro Machado Milliet, definitivamente você 'crê na crença', mesmo que se apresente de outra forma... Não são apenas religiões que erigem templos... Pseudo-científicos por toda parte estão erigindo seus templos... Que pena, mas assim caminha a humanidade... Einstein riu disso tudo, e estaria indignado com o que tentam fazer com o seu ceticismo... Isso sim é uma pena...
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Octavio Pinheiro Machado Milliet Mário César Araújo, de um lado eu concordo contigo. Eu diria que Einstein não acreditava no Deus religioso (que é o único Deus que não pode ser refutado nem provado, logo, o único que depende de crença, fé), e nesse ponto, é uma definição de ateísmo.

Por outro, Einstein, tal como Espinosa, partiam do pressuposto de que esse Deus é nada mais que produto da fantasia humana, indigno até mesmo de ser refutado ou negado, ou seja, nós não somos apapai noel, afada dos dentes, amitologias, ou seja, um mundo onde fosse clara a inexistência do Senhor nos Céus, não teria ateus, entende o que eu quero dizer? Se todos fossem ateus, ninguém seria ateu, rs

A partir disso, ambos passam a definir o que é a Natureza, e dão o nome de Deus, por ele ser uma generalização mais eficiente desse conceito.
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Carlos Leger Sherman Palmer Mário César Araújo, o fato é que não se deve perder tempo com nada que não apresente sequer uma evidência... Não nos dispomos a estudar ada que venha do nada, porque resulta em nada... Está equivocado quando à ciência... O método científico denota uma atitude: tomar ciência, tornar-se ciente... Não serve a nenhum propósito, ao não ser o mero constructo, sair por aí falando qualquer besteira e exigindo respeito...
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Carlos Leger Sherman Palmer Einstein ria do conceito de divindade...
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Octavio Pinheiro Machado Milliet "Albert Einstein, por exemplo, foi um espinosano admitido, como ele diz em uma de suas cartas:

“Acredito no Deus de Spinoza, que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe, e não no Deus que se interessa pela sorte e pelas ações dos homens”
"
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Carlos Leger Sherman Palmer Aristóteles e Aristarco foram quase contemporâneos, viveram pois o mesmo contexto... Porque Aristóteles escreveu uma enciclopédia de asneiras enquanto Aristarco entendeu pela primeira vez que a Terra girava em torno do Sol e não o contrário? Porque Aristarco se baseou em evidência, e 'leu' a natureza... Enquanto Aristóteles postulava a sua certeza sem evidência, e ao contrário, dando nó em pingo d´água para que o seu modelo funcionasse... Preso a crenças, a dogmas... Não considero qualquer exercício mental como 'filosofia'...
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Octavio Pinheiro Machado Milliet Quem é que está sendo falacioso agora?
Schopenhauer explica...
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Mário César Araújo Gente, só um instante. Acho que esta conversa não está dando muito certo em texto... Ela se daria melhor numa mesa de bar.

Não sei você, Carlos, mas eu e o Octavio Pinheiro Machado Milliet estamos aqui em SP. Se também estiver, ou um momento em que passar por aqui, poderíamos marcar e debater sobre isso. Que tal? :)
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Carlos Leger Sherman Palmer Platão e Aristóteles são suficientes para uma enciclopédia de erros... Motivo? Valorizar o mero constructo... Não percamos mais tempo com isso... Submetamos a nossa 'pensabilidade' ao escrutínio científico, em todas as áreas...
há 52 minutos · Curtir · 1

Octavio Pinheiro Machado Milliet Pois é, Espinosa era um desatualizado.

https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ufba/207/1/Deus%20ou%20seja%20a%20natureza.pdf

Leia a partir da página 163 =)
há 51 minutos · Curtir

Octavio Pinheiro Machado Milliet Na moral, isso é anti-ético, métodos ilícitos de debater, 1-01, Schopenhauer.

Eu cito:
Estrategema 1, página 17:
A expansão. Levar a afirmação do adversário para além do seu limite natural, interpretá-la da maneira mais genérica possível, tomá-la no sentido mais amplo possível e exagerá-la[...]

No caso presente, eu diria que você não se limitou apenas à expansão, como aproveitou para ir até um assunto não relacionado.

Você não soube rebater meus argumentos, apenas não quer admitir seu desconhecimento e/ou má interpretação de Espinosa. Eu pergunto: Qual o problema com o conceito filosófico de Espinosa? Tu respondes: Ele é antigo, é assunto para a neurociência discutir.

Meu caro, eu não tenho motivos mais para debater esse assunto contigo, já que ele não está nem mesmo sendo debatido.
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Octavio Pinheiro Machado Milliet Se quiser, leia Espinosa e refute suas proposições, diretamente comigo, não terei problema, aliás, terei prazer em fazê-lo. Mas generalizar cada vez mais, sem apresentar nenhuma relação com a filosofia dele propriamente dita? Não rola.
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Octavio Pinheiro Machado Milliet Até mais.
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Carlos Leger Sherman Palmer Rsrsrsrsrsrsrsrs.... Mário César Araújo seria uma honra, mas mudei-me de São Paulo para São Carlos a 4 meses... Por outro lado o que para mim é matéria de estudo, para o Octavio Pinheiro Machado Milliet parece ser sagrado, de forma que ele pode jogar a cerveja em mim, rsrsrsrsrs... Brincadeira Octavio... Sou meio grande, acho que vc não faria isso, rsrsrsrsrs.... Mas vou a São Paulo com regularidade... Combinamos um papo... Recomendo que participem do 'Fronteiras Do Pensamento Sp', trata-se do evento mais importante no país, no que tange ao exercício da PENSABILIDADE... Estive assistindo à apresentação de Shermer - meu amigo - e batemos um papo após a apresentação em um coquetel... Também me correspondo com outro palestrante, Michel Onfray, que estará aqui em Outubro... Tenho contato por e-mail com Dawkins e Dennett, o que além de significar muita honra, redunda em bons conselhos... Escrevo um livro cujo título é ETHOS - ÉTICO, LOGO CÉTICO... Escolhi o livro sem saber que este era o título de um livro inacabado de Sagan... Será que ele estava na mesma pista??? Quem sabe... Recomendo a leitura de 'Os Dragões do Eden' de Sagan, fora de catálogo... Tenho o livro, e tenho também em PDF... Confiram também 'Tábula Rasa' de Steven Pinker e 'Cérebro e Crença' de Shermer - que acaba de ser lançado no Brasil.... Confiram a 'Contra História da Filosofia' - 04 volumes - de Onfray... Aguardo ansiosamente o lançamento de 'Crepúsculo de Um Ídolo, A Fábula Freudiana', também de Onfray... É isso galera, bom final de domingo... Tenho que selecionar as músicas para receber alguns amigos, separar os vinhos... Mas estão convidados para uma rodada de Jack Daniels Gentlemen - duplamente destilado - quando quiserem vir a São Carlos... Adoraria que conhecessem a minha biblioteca, o orgulho de minha vida, ao lado de seletos 4.000 CDs... Visitem o meu blog, rsrsrsrs, e metam o pau... Um forte abraço...
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Carlos Leger Sherman Palmer http://ethosproject.blogspot.com.br/
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Octavio Pinheiro Machado Milliet Não, grato, vou ser direto e não falso: Não gosto quando afirmam que eu não penso, para refutar meus pensamentos.
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Carlos Leger Sherman Palmer Ocatvio, sua idolatria nega o óbvio... Spinoza não conheceu a Evolução, a revolução da Genética, da Neurologia, da Etologia... Mas era um gênio... Só que a nossa viagem, a viagem humana, depende do conhecimento acumulado... Spinoza não era um deus... Mas era excepcional... O que não significa que eu precise me curvar aos equívocos dele - sob nenhum pretexto... Sou um homem livre e pensante.... E vivo...
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Octavio Pinheiro Machado Milliet Bom Jack Daniels para você, caro escritor, respeito seu trabalho.
há 38 minutos · Curtir

Carlos Leger Sherman Palmer Rsrrsrsrsrs, não afirmei que não pensa, mas sim que tem uma devoção exagerada a um filósofo em especial... Com o qual também comparte indescritível admiração... Só que não comparto da devoção...
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Carlos Leger Sherman Palmer Obrigado Octavio Pinheiro Machado Milliet, como sempre digo, buscamos testemunhas para a nossa existência, descolarei outros convivas, rsrsrsrs.... Cara, é só um debate... Segue um abraço...
há 35 minutos · Curtir

Carlos Leger Sherman Palmer Octavio Pinheiro Machado Milliet, eu critiquei a pensabilidade de Aristóteles e Platão... Sobre o seu aproach, realmente considero devote demais... E isso deve doer, mas é o que vejo... Com o perdão da sinceridade.... Mas deixo uma garrafa de reserva, rsrsrsrs, pode ser que vc entenda os meus argumentos amanhã pela manhã... Rsrsrsrrs, um forte abraço....
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Octavio Pinheiro Machado Milliet Sabe qual é o foda? Idolatrias a parte, pois elas que se fodam, quando eu estou lendo algo quero notar se é real ou não, eu não aceito nada a priori, eu estudo e se faz sentido eu DEFENDO sim, até que um argumento FUNDAMENTADO me contradiga de fato, algo que eu costumo admitir.

Se você for ler o que Espinosa pensa, percebe que sua filosofia é a compreensão matemática da Natureza, que suporta perfeitamente tanto a física de Einstein quanto a possibilidade da Evolução, que ele não tinha recursos para afirmar, mas não era tolo de limitar, criar cercas, definir como foram feitas as coisas que ele não podia saber.

Logo, enquanto uma religião admite a criação por seus próprios princípios infundamentados, se não na fantasia humana, Espinosa demonstra o funcionamento matemático da Natureza, e deixa mais do que espaço para as teorias que viriam a seguir. Suas falas eram de pura admiração ao desenvolvimento da Ciência.

Eu sou devotado ao conhecimento, Carlos Leger Sherman Palmer, e até hoje, não vi mais do que 1% da racionalidade de Espinosa que vá contra a minha devoção. Aliás cheguei num ponto da Ética que é preciso avaliar a veracidade do que ele fala, proposição 2 da parte 3, parei de ler faz uns dias e fiquei batendo nessa parte para descobrir a falha ou minha má percepção do que está sendo dito.

Eu estudei o que disse Nicolelis, Darwin, Einstein, Dawkins, Sartre, e eu diria Heiddeger, se na época eu não fosse muito novo para entender o que estava lendo, em suas obras. Eu me dedico parcialmente ao resto, porém Espinosa foi o grande enfrentamento intelectual que eu tive, de fato, aquele que me faz pensar. E você o reduz a doutrinas e crenças, é nada mais que um método ilícito de debater, já que você não entra na filosofia dele para debater ao meu nível sobre esse assunto, prefere ficar de fora, insultando para me irritar, mais uma vez, Schopenhauer explica.

Mas ok, é só um debate, segue um abraço, não estou sendo sarcástico, estou apenas apontando esse fato. E a única crença notável é sua, por você acreditar que o Deus do qual eu falo é o mesmo da busca humana por uma figura superior. Nós somos o Universo, você sabe disso. Nós somos a Natureza, efeitos e causas do processo natural da existência. Uma parte bem pequena, certo, mas uma parte ainda assim.
Entender meu papel natural, descobrir que a motivação parte de mim, o sentido da vida é a soma das minhas ações com os efeitos das paixões... Entender a Ética, não apenas a obra, mas o significado de Ética, perceber de onde vem e como se atingem os afetos humanos, isso é mais do que uma crença, se você realmente quer insistir nesse conceito, pois para mim não é crença, é um processo racional, é aliás um insulto dizer que é uma crença, mas eu não me importo pela quantidade de leigos no assunto que veem isso dessa forma.

Da doutrina de Espinosa e sua filosofia, parte muito mais do que o conhecimento acerca das características da Natureza generalizadas, que é o que está sendo debatido. Parte o que eu sinto como o meu significado no mundo, e aliás, o significado do mundo para mim.

Obrigado pela garrafa, mas não, tomo remédios para epilepsia, álcool não cai muito bem.
há 18 minutos · Editado · Curtir

Carlos Leger Sherman Palmer Brother, a epilepsia afeta o lobo temporal, o que acentua certos aspectos de sua percepção das coisas... Ou seja, podem acentuar por exemplo a admiração profunda, e neste caso quase que intocada... Ficamos com um chazinho... Não discuto a sua intelectualidade, mas neste caso devo advertir que a nossa percepção esta sujeita ao nosso sistema neural e suas falhas... Pense sobre isso com carinho, e munido da força de sua intelectualidade... Mas mesmo que este comentário ainda assim não sirva, segue um forte abraço... Pode dispensar o Jack Daniels, mas dispensar um abraço sincero seria uma tremenda, rsrsrsrs... Mas dispense se quiser... Um linda vida a você...
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Carlos Leger Sherman Palmer 'uma tremenda desfeita'....
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Carlos Leger Sherman Palmer Valeu galera...
há 13 minutos · Curtir

Carlos Leger Sherman Palmer Brother, Spinoza está no meu TOP 10... O conceito de alma, dualidade corpo e alma, seja proposto por ele, Descartes, ou quem quer que seja, estará realmente fora de questão... Já sabemos disso... Um forte abraço...
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O Amor...




Aqui, em silêncio, colocando a vida e a morte em perspectiva, lembro-me que outros homens antes de mim já haviam notado que:
O amor é o ato mais racional que um humano pode praticar...

Carlos Sherman

Andrea Bocelli - Voglio Restare Cosi

Eu quero estar assim...




Voglio restare cosi          Eu quero estar assim
Voglio restare cosi.                         Eu quero estar assim.
magari fino in fondo.                     talvez até o fim.
Il mondo attorno ormai                 E todo o mundo agora
non mi interessa piu.                    não me interessa mais.
Mi basta averti qui                         Me basta ver-te aqui
e stringerti cosi.                               e ficar assim.

Mi basta un gesto tuo,                 Me Basta-me um gesto seu,
un sorriso,                                         um sorriso,
una parola,                                        uma palavra,
e un attimo cosi                               e um instante assim
vale un`eternita.                             Vale uma eternidade.

Accendi un fuoco e poi                 Acende um fogo e depois
restiamo soli!                                   estamos sós!
Noi.                                                      Nós.

Andrea Bocelli

Pavarotti's Funeral

Apressa-te amor...




Apressa-te, amor, que amanhã eu morro...

Não te fies do tempo
nem da eternidade,
que as nuvens
me puxam pelos vestidos,
que os ventos me arrastam
contra o meu desejo!
Apressa-te, amor,
que amanhã eu morro,
que amanhã morro e não te vejo!
Não demores tão longe,
em lugar tão secreto,
nácar de silêncio que o mar comprime,
ó lábio, limite do instante absoluto!
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã morro e não te escuto!
Aparece-me agora, que ainda reconheço
a anêmona aberta na tua face
e em redor dos muros o vento inimigo...
apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã morro e não te digo...

(Cecília Meireles)

Viva!!!



Entenda e Morte,
E entenderás a Vida...

A escuridão da morte
É o necessário pano de fundo
Sobre o qual se descortinam
As luzes, cores, tonalidades e Possibilidades da Vida...

Viva!!! Hoje... Já... Aqui...
Não há nada mais,
E não há nada mais
Com o que se preocupar...

Não vamos a lugar algum...
Celebre o Aqui e Agora,
Sempre...



Carlos Sherman

sábado, 8 de setembro de 2012

The Wall O filme Pink Floyd - Mother legenda

Pearl Jam Mother HD

O QUERER E O SABER...




Existe uma diferença brutal entre 'aquilo em que queremos acreditar pelas emoções' e 'aquilo em que devemos acreditar pelas evidências, provas e fatos'... Nós, céticos, não queremos acreditar, nós queremos SABER... Esta é a diferença... Mas para aprofundar tais considerações é preciso lanças mão da Genética, da Etologia, da Neurociência... E antes que uns se animem em 'culpar' os crentes, lembrem-se: o 'livre arbítrio é uma antiga falácia'... Somos quem somos sem intencionar sê-lo... Mas somos... E seremos responsabilizados socialmente por nossas atitudes marginais em relação aos Contratos Sociais e Leis vigentes... Mas então o que faremos? Temos o SABER QUE, a CIÊNCIA de que as pessoas decorrem de sua genética, vida gestacional, imprintings, e aprendizado - e tudo isso é involuntário, sim, involuntário... Já não é tão fácil, sob esta perspectiva, atirar a primeira pedra... A responsabilidade cresce, e muito, com o conhecimento... De onde podemos conjecturar que decresce com a alienação...

Reflitam...

Carlos Sherman

Revoltante...



Uma tal de Associação Cultural São Luis Montfort, publicou os seguinte dizeres:

"É bem sabido que o darwinismo suscitou uma grande onda racista. Pois se a luta pela sobrevivência causava a seleção das espécies, a luta entre as raças causaria o aperfeiçoamento da espécie. Assim, o nazismo foi um dos efeitos do darwinismo.

Desembainhei:

Sabido por quem? Com base em que? Hitler acreditava na 'providência divina'... Não me parece muito com o mecanismo da seleção natural... Eugenia nada tem a ver com Darwinismo... Eugenia é a má interpretação de muitas coisas, desde a Seleção Natural à Genética, e tudo o mais... Sem direito a Sursis... Por exemplo ter anemia falciforme é uma desvantagem competitiva, certo - portanto uma imperfeição aos olhos da eugenia? Mas não para quem vive em uma região endêmica ou epidêmica para a malária... 

'Darwinismo' é um termo até certo ponto pejorativo e crítico, e por outro lado demonstração cabal de falta de conhecimento de quem o utiliza... Explico, Darwin trabalhou em vários projetos, entre eles a 'Seleção Natural' e a 'Evolução das Espécies'... Nunca existiu um movimento - no melhor estilo dogmático religioso - chamado de 'darwinismo'... O autor, se soubesse - minimamente - sobre o que está falando, deveria ter dito - por exemplo - 'a Seleção Natural inspirou Hitler'... O que ainda assim seria absurdamente falso, desonesto, e perigosamente tendencioso; e pelos motivos já expostos... 

O que poderíamos considerar, seria uma má interpretação - dos filiados à eugenia - da Seleção Natural; e da Genética... Mas nem isso...

Essa Associação Cultural São Luis Montfort, autora deste lixo, não depõe os requisitos mínimos para falar em 'Nazismo' e 'Darwinismo'... Primeiramente porque, o que sim 'é bem sabido' e documentado, é a aliança do Vaticano - na figura de seu capo, o Papa Pio XII - com Hitler; diante dos horrores da Segunda Guerra... Depois porque, 'criacionistas' que são, dispensaram com certeza todo o estudo das Ciências, sejam elas Biológicas - deus é a causa da origem das espécies -, Químicas - reação química para transformar água em vinho, magia celestial -, Físicas - deus criou 10^22 estrelas no happy hour do quarto dia, etc... 

Então, de 'veritas' não existe absolutamente nada nesta sentença - Santo Ofício Inside...

Carlos Sherman

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Mãe, não tema por mim...

Mãe, não tema por mim... Estarei em excelente companhia... Se estiver em algum lugar... - Carlos Leger Sherman Palmer (Júnior)

Estupidez...




Publicaram o post acima:

A 'estupidez humana', não é tão simples assim para ser a vilã do passeio... Não existem vilões, muito menos a 'estupidez humana'... Somos humanos, e somos assim... Problemas no lobo temporal, tendências ao simplismo causal, animismo, antropomorfismo, banalismo... A etologia explica... Mas somos assim... Podemos trabalhar pela evolução cultural do homem, já que o nosso cérebro leva milhões de anos para dar um passinho evolutivo... Com toda esta imbecilidade bem documentada pela chamada assim, e concordo com a estupidez de programas como Luciano Hulk, Novelas, Faustão, Silvio Santos, Luciana Gimenez, a publicidade de Kaka, Neymar, do futebol em geral... Mesmo assim - e ainda assim - estamos aumentando 3 pontos em nosso QI médio a cada  década... Pensem no melhoramento contínuo, esqueçam as utopias... A vida é um processo contínuo, sem pódium de chegada 'ou beijos de namorada'.... Humanos, demasiado humanos... Só isso e tudo isso... Diversos... Uns mais lúcidos do que outros... 'Passividade'? Não, um aguçado e corajoso sentido de realidade...

Carlos Sherman

Todo CATÓLICO deveria ver esse vídeo

O Poder do Mito...



Uma amiga disparou:


"Oi, Carlos. A necessidade do homem pelo mito existe?"

Respondi:

Querida, de certa forma sim... A distribuição genética produz mais liderados do que líderes... A figura do rebanho é bem representativa em termos do comportamento de massa... Some isso à tendência de encontrar padrões, e sobretudo padrões simplistas... E adicione o animismo e o antropomorfismo, ou a nossa tendência a ver 'homens' e 'seres animados' em tudo... Deste complexo surge uma genuína afinidade por mitos... Confira Campbell (Joseph) em 'O Poder do Mito', e 'As Máscaras de Deus', e sobretudo Shermer - meu amigo - nos imperdíveis 'Por que acreditamos em coisas estranhas', e no recém lançado 'Cérebro e Crença'... Sagan também é fundamental nesta área, no fora de catálogo 'Os Dragões do Éden' - que posso passar em PDF -, e no ainda não editado no Brasil - mas editado em Portugal - 'Sombras de Antepassados Esquecidos...

Ela seguiu:

"Você não poderia ver o mito como um modelo de construção psicológica, um campo morfogenético para moldar o crescimento das escolhas mentais?"

Segui também:

É mais simples do que isso - e mais complexo do que isso, rsrsrs... Nos dedicamos ao reconhecimento de padrões... E a inteligência é a medida de nossa capacidade em reconhecer padrões... Diante do que não conhecemos tendemos a 'acreditar' - falsos padrões... Estes falsos padrões podem ser atribuídos a um ser antropomórfico, só que com mais poder, um poder 'sobrenatural', acima da natureza... A medida que descortinamos os padrões e registramos o conhecimento, menos deuses são requeridos... O mundo caminha para a predominância da descrença... 

E os mitos são realmente construções psicológicas, e sem sombra de dúvidas... Existem em nosso cérebro, na psiquê humana... Mas os 'arquétipos' freudianos não passam de mais uma viagem na maionese do finado vienense, rsrsrs... Lamento dizer... Não sei se entendi a questão 'morfogenética', mas se mal entendi perdoe-me... Não vejo como justificar gene orientado ao mito, posto que é possível eliminar a devoção aos mitos... Sou um exemplo disso... Um fervoroso crente em mitos, que se tornou um 'iconoclasta' de carteirinha, rsrsrsrs... As evidência sugerem então, uma interação entre fatores e não uma causa genética específica... Explico, se existe um 'centro mitológico' neural, decorrente de uma ou muitas instruções genéticas, seria bem mais difícil alterar o nosso ser 'mitológico' em um ser humano cético... Mas se são interações se dão por meio de características ou partes menores, componentes de um sistema, podemos quebrar estas interações e retroalimentações... Estas partes ou componentes,  por sua vez, podem ser decorrentes de instruções genéticas... Por exemplo, componentes como a tendência - maior ou menor - ao 'animismo', aplicado ou não aos mitos... Vemos coelhos em nuvens, cavalos em rochas, escorpiões de constelações... O 'antropomorfismo' seria outro componente, e por exemplo, podemos nos referir a um celular dizendo 'esse cara não está funcionando'... A tendência a reconhecer padrões, e os subsequentes riscos de nos equivocarmos, seriam um outro componente, além de nossa tendência 'etológica' para incorrer em falsos positivos - mais do que em falsos negativos... De forma que, todo este sistema composto de partes neurais que redundam em comportamentos associados, e decorrentes da genética, podem funcionar em favor da crença em mitos - sejam eles ETs ou deuses... E tal sistema pode ser desconstruído, estando sua resultante externada no comportamento cético... 

Não existem arquétipos mitológicos configurados em nosso sistema neural... Mas existem vetores neurais, interagindo em nosso comportamento, e cuja resultante aponta para os mitos... Mitos, ao contrário do que se pensava, não evocam características humanas, de forma estruturadas... Mitos não evocam padrões morais, e não são as projeções morais do homem... Mitos, acima de tudo, evocam a loucura e o medo do desconhecido... 

Mito é Medo...


Carlos Sherman

Metallica - James Hetfield - O Deus que Fracassou (LEGENDADO)

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Foi Bom Pra Você?




"FOI BOM PRA VOCÊ?"
Thales Vianna Coutinho

     Hoje (06/09) é o “Dia do Sexo”. É perfeitamente normal que você não soubesse disso. Eu também não sabia, até ser bombardeado por dezenas de “tirinhas” no facebook, comentando sobre o “grande dia”. Pelo que pude perceber através de uma rápida pesquisa no Google, essa não é uma data oficial, porém, ainda assim, ela tem o poder de despertar ainda mais o interesse das pessoas pelo sexo, estimulando a publicação de conteúdos dos mais variados, desde a sexóloga que explica como achar o “ponto G”, até as sugestões dos adereços mais recentes para um ato sexual diferente.
     Diante disso, quis escrever este texto com o objetivo de fugir um pouco da moda e discutir sobre um tema muito importante, mas que – devido ao fato de só recentemente ter ganhado notoriedade científica – é muito pouco difundido para o público em geral. Pode-se dizer que o tema desse texto é “o comportamento pós-coito”. O que um espera que o outro faça depois do sexo? Por quê? O que este comportamento significa? Essas são as três questões que pretendo responder, com base nas investigações conduzidas por Daniel Kruger (University of Michigan) e Susan Hughes (Albright College).
     O que muitos desconhecem é que o fator mais importante para manter o relacionamento saudável não é o sexo propriamente dito. Aliás, o ato sexual em si é a parte menos importante para promover o vínculo entre o casal (apesar de ser relevante). O que a ciência está revelando como sendo realmente importante é aquilo que acontece antes (os rituais preliminares), e depois da transa (o período pós-coito).
     Período Pós-Coito, como o próprio nome diz, é aquele momento em que os casais se desgrudam e ficam olhando para o teto, pensando naqueles últimos 10 segundos de êxtase. É esse período que Hollywood retratou tantas vezes como aquele em que o homem acende um cigarro, olha para a moça e pergunta “Foi bom pra você?”.
     O que se descobriu é que o comportamento apresentado neste período pós-coito informa o grau de comprometimento da pessoa com a relação em si, e é nesse ponto que a história complica...
     Para compreender o porquê da complicação é preciso considerar que, diante das evidências atuais, sabemos da existência de duas estratégias, adotadas por ambos os sexos, com o objetivo de selecionar os melhores parceiros. Uma delas é chamada de “Estratégia Restrita”, pois aqueles que a adotam restringem seu interesse sexual a um único indivíduo por vez. Essas são pessoas que valorizam muito o vínculo afetivo e o romance nas relações. Como alternativa tem-se a “Estratégia Irrestrita” na qual o indivíduo manifesta interesse pela pluralidade de relações, trocando de parceiros com muita frequência e às vezes se relacionando com mais de um paralelamente ou mesmo simultaneamente. Estas pessoas não valorizam muito o vínculo afetivo, e focam no aspecto mais luxuriante do amor. Nenhuma dessas estratégias é melhor, nem pior que a outra. Ambas tem características positivas, e negativas, e tanto homens quanto mulheres podem adotar uma ou outra estratégia. Porém, a ciência já descobriu duas coisas interessantes sobre isso: 1) Algumas pessoas tem a tendência natural a escolher uma dessas estratégias e adotá-la ao longo de toda sua vida; 2) Em média, as mulheres tem a tendência a preferir a “estratégia restrita”, enquanto que os homens tendem a adotar a “estratégia irrestrita”. Para maiores informações sobre esse ponto, você pode assistir a minha palestra intitulada “A Princesa & O Cafajeste: a Psicologia do Amor” (link disponível nas referências).
     Diante disso, pode-se esperar que as mulheres apresentassem uma maior tendência a desejar que seus parceiros manifestem comportamentos que indiquem compromisso e desejo de formar vínculo. E é justamente isso o que acontece quando, por exemplo, os pesquisadores solicitam que tanto homens e mulheres avaliem numa escala de 1 a 5, qual a importância que eles dão para os seguintes comportamentos apresentados pelos(as) seus/suas parceiros(as) após o sexo: 1) Iniciar Conversa Íntima; 2) Beijar; 3) Dizer que te ama; 4) Fazer Carinho; 5) Falar sobre a Relação. A média da avaliação de todas essas características é superior nas mulheres, em comparação aos homens. Ou seja, de fato, elas valorizam significativamente mais esses comportamentos pós-coito que sinalizam o comprometimento.
     Também já foi verificado que esse padrão não está apenas relacionado ao gênero, mas à estratégia adotada. Ou seja, homens que optam pela “estratégia restrita” (que preza pelo vínculo afetivo) irão valorizar mais esses comportamentos pós-coito, que mulheres que adotam a “estratégia irrestrita” (na qual o vínculo não é prioridade).
     Isso significa que neste “Dia do Sexo” você não deve apenas se preocupar em refletir com o objetivo de melhorar a performance sexual per se, mas sim compreender a importância que sua conduta pós-coito tem sobre o resultado final, que é aquilo que a outra pessoa pensará sobre você na manhã seguinte.

Referências:

1. COUTINHO, T. A Princesa & O Cafajeste: a Psicologia do Amor. Palestra, 2012. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=YPqiBl3G8Kg&feature=plcp 
2. HUGHES, S. KRUGER, D. Sex differences in post-coital behaviors in long and short-term mating: an evolutionary perspective. Journal of Sex Research, vol. 48, n° 5, 2011.
3. KRUGER, D. HUGHES, S. Variation in reproductive strategies influences post-coital experiences with partners. Journal of Social, Evolutionary, and Cultural Psychology. vol. 4, n° 4, 2010.
4. KRUGER, D. HUGHES, S. Tendencies to fall asleep first after sex are associated with greater partner desire for bonding and affection. Journal of Social, Evolutionary, and Cultural Psychology, vol. 5, n° 4, 2011.