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quarta-feira, 27 de julho de 2011

É Inevitável Viver...




Inspirado por Hamlet (de Shakespeare, e que pode ser Bacon), e que me veio à tona através de Hannibal, meu ‘grande amigo casual’... Posso dizer, sem cometer sobressaltado exagero, que sim, aceito com igual deflexão minhas fortunas e desgraças... Na verdade, nem chego a segregá-las como tal... Aceito viver... Aceito meu destino, e que alguns mal entenderão como determinismo, enquanto outros mal entenderão como de livre-escolha... Pois nem um nem outro, e sigo respondendo em pleno exercício de minhas faculdades que ‘somos quem somos sem intencionar sê-lo’... 


Mas os meus tons e memórias emocionais subsistem, e são mais do que impulsão... São mais do que uma miríade de possibilidades hormonais... É a minha natureza, que segue seu curso... E não entendo pois, como a paixão, se expressão involuntária de meus instintos, pode estar apartada do de minha identidade e viver... As paixões, e todas as minhas tendência inatas, são inevitáveis... É inevitável viver... É inevitável morrer... Prefiro a morte dos justos... Trabalho com afinco, na direção e na busca da integridade intelectual... Como processo e não como fim... 


E aqui também não segrego, o que é sentido, e o que é pensado... E aqi também aceito viver, e aceito meu destino... Parafraseando Pessoa, posso dizer que os sentimentos e a emoção nutrem o meu pesamento... E fustiga-me a pressa e me perco, tantas vezes... E arrebata-me a inspiração, e me regozijo... E ainda quero ser quem sou... Com tanta honra...



Carlos Sherman

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