“Só quero saber do que
pode dar certo, não tenho tempo a perder...” -- Sérgio Britto e Torquato Neto
Esta síntese simples e genial, dos Titãs, foi a melhor maneira que encontrei para responder aos que
criticam o meu interesse por questões universais,
humanas, éticas... Sempre estive por fora do "Main Stream", e como
dizem os Sufis, quis "estar no mundo sem
pertencer ao mundo"; e assim tem sido minha vida... Não
estou por fora do "MS" para remar contra a maré,
ou causar polêmica... Nem é uma questão de bancar o diferente, vestir-me ou
portar-me de forma exótica... Estou por fora do "MS" porque entendi
como as coisas funcionam... E escolhi viver no mundo, mas sem ser escravizado
por ele... Sinto-me afortunado e quero dividir este entendimento... Como outro
titã do pensamento, Vinícius de Morais,
escreveu, "ando
onde houver espaço, o meu tempo é quando"... Só
quero persistir sendo verdadeiro e honesto, a começar pela minha consciência e
"integridade
intelectual", como bem conceituou outro titã, Bertrand Russell...
Vivi e vivo a vida de forma intensa, e apaixonada... Diversão sem
limites... Conhecia boemias, noites, sóis... Até as raias do exagero... Aprendi...
Pude viajar, e como “entendeu” Fernando Pessoa, a
partir de seus sentimentos; "navegar é preciso", assim
como voltar é ótimo, rsrsrs... Viajei, conheci, explorei, mergulhei... Sonhei,
criei, me apaixonei... "E
me apaixonei por criar os meus sonhos"... Então entendi
o amor... Dediquei um pouco da minha vida, dos meus recursos, e força, a ajudar
pessoas que tinham muito mais desafios do que eu... “Fiz e faço dos desafios
destas pessoas meus próprios desafios e amei”... Tenho
amado tanto... Pude expressar minha poesia de forma escrita, cantada,
pensada... A eterna poesia da vida, que aprendi a “ler, sentir, e entender”... E da qual me sinto verdadeiro guardião... Ao lado de titãs
como Drummond, Pessoa, Jorge Amado...
Ao lado de titãs como Sagan, Russell,
Varella...
Compreendi, carregando nos braços “corpinhos inocentes, consagrados à morte
tão prematura”... Entendi sobre os grandes dramas
humanos, e a dor da perda... Irreparável... A finitude e a vacuidade da vida...
Mas entendi também sobre a grandiosidade e a dignidade... Mesmo na hora de
morrer... “Senti
para depois entender a vida, tendo suas cores contrastadas contra o fundo
escuro da morte”... Compreendi a morte... Entendi a
diferença entre emoção pura, sentimento e sentimentalismo... E decidi ajudar...
Só por ajudar... Entendi que amar é antes de tudo sinal de inteligência... ”Aprendi a abrigar este
respeito profundo pela realidade”...
Enquanto o “Main Stream” projeta a hipocrisia
fácil e barata, em pessoas duplamente plásticas, e abduzidas por qualquer
fantasia disponível... E conclama a abrir a cabeça, deixar o cérebro cair no
chão, enquanto imperativamente todos movem o poposão... Enquanto descolamos
mais e mais aditivos, para não perceber que caímos no vazio, do vazio...
Enquanto a vaidade comanda, o non
sense abunda, e o
egocentrismo atinge níveis alarmantes... Enquanto o narcisismo impera, tolo...
Repito comigo, "só
quero saber do que pode dar certo, não tenho tempo a perder"... Com tanto orgulho...
É por isso que vc se torna especial e 'UNICO"
ResponderExcluirMaravilhoso... 'Continue a nadar, continue a nadar, continue a nadar...anadar...a nadar."
(Procurando Nemo)
Ter discernimento para viver sem submeter, quanta proeza. Pois que viver é sobreviver, saber viver denota felicidade. Abrir mão das regras e trilhar um caminho segundo os ideais considerados corretos, poucos sabem criar seu estilo de vida baseado no seu conceito de felicidade.
ResponderExcluirEnxergou além, tirou isso das páginas e aplicou na vida. Ousadia!
Adorei o que li.