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sábado, 25 de abril de 2015

A Poesia da Realidade



Aqui estão minhas considerações sobre os postulados do Dalai Lama sobre a "felicidade":

Não esqueçam que existe uma neuropsicologia, uma bioquímica da vida... uma realidade objetiva que o Dalai Lama desconhece... Assim como uma natureza humana que ele teima em calar... Somos livres, repletos de paixões e desejos... Maravilhosamente imperfeitos... E ansiar uma tal perfeição, iluminação, constitui o primeiro equívoco... [recomendo o debate entre Sagan e o Dalai Lama, para a demonstração cabal das contradições dogmáticas do budismo]... De qualquer forma, sentir-se feliz é uma decorrência "fisiológica" regulada por hormônios e não por conselhos... Não é isso que notamos quando bebemos? Ou quando tomamos um anti-depressivo, quando fumamos um baseado? Isso enquanto ouço "Odara" com Gil e Rita Lee, rsrsrsrs... 

O budismo tibetano produz um entorpecimento, e nunca felicidade... Isso me remete ao notável escritor irlandês: 

“O fato de um crente ser mais feliz que um cético não é mais pertinente que o fato de um homem bêbado ser mais feliz que um sóbrio.” - George Bernard Shaw 

Não se esqueçam, existe uma realidade objetiva a ser entendida... Qualquer coisa que seja dita, dispensando este fato, não passará de blá, blá, blá... E é o que vemos por aí, enquanto os magos da auto-ajuda fatura milhões... Pois Auto-ajude-se!!! 

Não podemos escolher ser felizes... A felicidade, a sensação de felicidade, subjetiva e individual, é uma consequência bioquímica, fruto de um complexo comportamental sobre o qual temos menos poder do que imaginamos... Somos quem somos sem intencionar ser - mas somos, e somos únicos... Mas, parafraseando Schopenhauer, não podemos querer o que vamos queres, nem desejar o que vamos desejar... E não podemos dizer a alguém como ser feliz, e nem mesmo que deseje ser feliz, ou que queira ser feliz... 

Sei que estão pensando "quem é esse desmancha prazeres, questionando o Dalai Lama, em uma bela manhã zen, em um dia ensolarado qualquer de um Outono qualquer, em um lugar qualquer?"... Eu me chamo Carlos Sherman, e estou aqui para servir... Estou aqui para a poesia da realidade...

Beijos e perdão por mais esta objeção filosófica e neuropsicológica - enquanto insisto: AUTO-AJUDE-SE!!!

Carlos Sherman