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sexta-feira, 29 de março de 2013

Ético logo Cético... Por quê???



Tendemos - humanos que somos - à adesão emocional a causas, bandeiras, ritos, grupos, ideologias; para só então buscar argumentos 'aparentemente' racionais, fruto de inflexão 'aparentemente' lógica, e quando muito 'ler as escrituras'... Existirão, por outro lado, argumentos em contra ou à favor da tese 'aceita' ou da adesão já configurada... O 'crente', o adepto submisso, será induzido pelo conhecido mecanismo psicológico do desvio de cognição ou confirmação, focando toda sua atenção e discurso naquilo que tenderá a corroborar a sua tese ou bandeira... O cético avalia os argumentos contrários de favoráveis à tese enunciada, que ainda não é sua, e tenderá aos melhores argumentos, aos argumentos e que coadunam com padrões observáveis, aos argumentos mais plausíveis e racionais... 

E só a partir da escolha do conjunto com os melhores argumentos construirá a sua tese, para então publicar a sua adesão... Valendo notar, e se faz mister, que a adesão, 'per si', não tem valor, mas sim o método analítico utilizado para verificar hipóteses, argumentos, e formular conclusões...

Só podemos progredir por meio da atitude cética e do intuitivo método de tornar-se ciente... Mesmo que paguemos o elevado  preço da incompreensão de muitos, e da discriminação por parte da maioria, e que não foram privilegiados pela distribuição genética populacional, com uma boa dose de ceticismo e capacidade de entendimento... 

No entanto, notem que crentes podem ser 1/2, 1/4, ou 1/10 céticos, mas apenas em relação aos argumentos e teses que ameacem as suas crenças, as suas teses tacitamente aceitas, ou às quais estão submetidos... Teses chumbadas em seu intelecto na forma de cego dogmatismo... As crenças evitam os argumentos em favor do conforto, em favor da proteção... Crenças são escolhas desesperadas, movidas pelo medo, e para aqueles que não podem esperar para saber, para aqueles que não poderão entender com facilidade...

Fé é quando as respostas precedem as perguntas... E quando as perguntas estão até mesmo proibidas... A atitude cética exige que pensemos, enquanto a crença exige que nos submetamos... 

A atitude cética, no entanto, não é uma mera escolha, e sim um privilégio, inato, e que conjura importantes e valorosas características... Instruir-se antes de opinar, esperar para saber ao invés do desespero de crer, confere ao ceticismo, diametral oposição ou antagonismo às crenças - todas elas... Instruir-se, criticar os argumentos, elementos e provas, é condição 'sine qua non' para a pratica da justiça, e para impulsionar o verdadeiro progresso... A atitude cética endereça a verdade, o método científico permite que nos tornemos 'cientes', e este é o inescapável caminho para a Ética e para a justiça... 

E tenho dito, para o benefício de todos que puderem ler e 'VER'...

Carlos Sherman



quinta-feira, 28 de março de 2013

O PT GOVERNA PARA O PT...



Alguém teve a cara-de-pau de publicar que:

"O PT governa para os menos abastados"...

Desembainhei:

O PT governa para os menos abastados??? Isso é uma piada, e de mal gosto... O PT GOVERNA PARA O PT... A única coisa decente que o Lula fez, por exemplo, foi não tocar na política econômica... O PT não governa para os menos abastados, ele os engana com populismo e demagogia, enquanto saqueia os cofres públicos, de maneira gulosa e acintosa...

Evidentemente o PT não foi o único partido a montar uma quadrilha, mas é o vírus político do momento, e sua ação nefasta se vale de uma hipocrisia e de um cinismo, sem par... Os defensores da moralidade se mostram os mais corruptos...

Carlos Sherman

El sendero de la humanidad...



Comentando um post em 'espanhol':

[...] No hay despertar, no hay nada si no el sendero de la humanidad, dinamico, contingente, REAL... Lo único que podemos hacer es trabajar para obtener el 'bueno', para que talvez, en un futuro distante, otros dignifiquen el optimo, olvidando el PERFECTO... Lo que nos mueve nos es la perfección, si no la imperfección...

Carlos Sherman

Sobre ser cético e endereçar a verdade...



Comentando um post:

[...] Ser cético é fustigar a verdade... Ser cético é cuidar dos detalhes, é olhar de perto... Mas ser cético também é olhar de longe, com a devida isenção e imparcialidade... A atitude cética se confunde com a atitude científica, e que busca tornar-se CIENTE... Uma honestidade metodológica inabalável, à serviço da integridade intelectual... E a despeito do carro ser novo ou usado, devemos praticar sempre a análise crítica... Existem verdades, e claro que existem, mas devem estar sujeitas à um espaço de validez... Eu estou vivo??? Sim, ainda estou... E isso é inegavelmente verdade... O excessivo relativismo, é um perigoso caminho para que tudo seja colocado no mesmo patamar de VERACIDADE... Podemos sim 'endereçar' a verdade, sendo a atitude cética uma condição 'sine qua non'... Ético logo Cético... 

Carlos Sherman

Dilma, e o Corporativismo Ideológico - e Demagógico...



Publicaram a mensagem acima... Comentei:

É verdade sobre o desconcertante silêncio, afinal quem cala consente, assumindo a posição do opressor... Mas o 'post' não enseja a a completa verdade sobre o passado de Dilma... O post descreve Dilma como 'perseguida e torturada'... Mas não explica porque ela foi perseguida e torturada... A verdadeira descrição sobre o passado de Dilma, se coaduna com o silêncio cúmplice de hoje; e isso porque Dilma integrou um movimento totalitário e violento, que exportou dogmatismo e instruções para o crime sob o cínico disfarce ideológico... Criminosos, como Dilma, se esconderam sob as vestes de ideólogos... E estes criminosos, sob pretexto de conquistar o poder, tiranicamente, foram enfrentados por outros grupos, que estavam interessados em garantir a constitucionalidade, mas também controlar o poder... E uma luta armada foi travada... Uma ditadura defendia o seu território contra outra ditadura, e assim endereço a VERDADE... Sequestros, assaltos à bancos e assassinatos, foram combatidos com tiros, e a necessária perseguição aos criminosos... E 'sim', a tortura foi empregada para obter informações, o que é 'per si' execrável... Mas Dilma e seu grupo também torturou, matou... Longe de pretender uma falácia retórica do tipo 'tu quote', ou 'você também', o que quero dizer é que a luta armada da qual Dilma participou como agente e nunca como vítima, nada tem a ver com o comentário acima, e ao contrário, integrar um grupo armado, pseudo-ideológico, de forma CORPORATIVA, somente serve para elucidar - e não questionar - a conduta igualmente CORPORATIVA de Dilma em TODOS OS ESCÂNDALOS QUE VARRERAM O GOVERNO LULA, E SUA EXTENSÃO, i.e., O SEU PRÓPRIO GOVERNO... De forma que Dilma faltou com a integridade antes, e falta agora, escondida, rastejado, pelo becos sujos do CORPORATIVISMO IDEOLÓGICO - E DEMAGÓGICO...

Carlos Sherman

quarta-feira, 27 de março de 2013

Êthos

O famoso cochicho de Lula, o olhar de Gilmar, coisa boa não é...
Um post arbitrou:

"Ética é o que você faz quando tem alguém por perto. Caráter é o que você faz quando não tem ninguém por perto."

Respeitosamente, devo discordar... Diametralmente... E claro, semanticamente... Afinal trata-se de uma questão semântica, certo??? Vide conceitos filosóficos, vide Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, donde se tem que ser 'ético' provém de 'êthos', e significa: 'caráter moral; padrão relativamente constante de disposições morais, afetivas, comportamentais e intelectivas de um indivíduo'.. 

Mas eu defino, particularmente, que: 

SER ÉTICO É MANTER A COERÊNCIA QUANDO NÃO EXISTEM TESTEMUNHAS... SER ÉTICO É BUSCAR ALINHAR O QUE SE PENSA, O QUE SE DIZ, E O QUE SE FAZ... SEMPRE...

O que seria ortogonal à mensagem publicada...  E esta 'coerência', que serve de substrato para a atitude Ética, está por sua relacionada com um determinado 'caráter', i.e.: 'o conjunto de traços psicológicos ou morais que caracteriza um indivíduo ou grupo'... Por isso dizemos que esta pessoa tem um caráter 'agressivo', ou tem um 'bom caráter', um 'caráter duvidoso', um 'caráter combativo', etc... Caráter é um atributo psicológico do ser humano, assim como a personalidade... A personalidade, no entanto, é inata, enquanto o caráter é majoritariamente aprendido... Também é verdade que traços de 'caráter' moral, são comumente confundidos com a personalidade de um indivíduo.... 

Ética - êthos - é um conceito filosófico, um padrão de comportamento, e que abarca diferentes tipos de caráter e personalidade... Uma pessoa pode ter um caráter combativo - ou não -, mas agir de forma coerente, ou ÉTICA - ou não... 

O post define ÉTICA como "o que você faz quando tem alguém por perto"... Quando existe "alguém por perto", i.e., quando contamos testemunhas, agiremos de forma política e interagiremos de forma psicológica e social, mas ainda assim poderemos agir de forma ÉTICA - ou não... Semanticamente, é a ÉTICA, e não o caráter, que conceitua a honestidade e a integridade intelectual... 

E tenho dito...

Carlos Sherman

terça-feira, 26 de março de 2013

A Curva da Submissão...


SEJE???



Galera: "SEJE" e "ESTEJE" é uma tremenda bola na água... Está errado, e é horrível... Vejo tanta gente boa falando 'seje' e 'esteje' por aí - principalmente os meus conterrâneos cariocas e também os fluminenses... Trata-se de um terrível vício de linguagem, mas os verbos SER e ESTAR, quando conjugados na primeira e na terceira pessoa do singular, no Presente do Subjuntivo, sempre terminam com a letra "a"...

Carlos Sherman 

No long ago..


De olhos bem abertos...



A fé não explicada nada, mas afasta questões essenciais... Fé é quando as respostas precedem as perguntas... Fé é caminhar de olhos abertos para a escravidão... Triste destino...

Carlos Sherman

Prova??? Sensível???




O 'Alison Chaves' publicou uma excelente crônica intitulada "Prova Sensível?", e citando as suas fontes, o que considero importante destacar e mencionar:

Susan Blackmore. Experiencias fora do Corpo: Uma Investigação. Sao Paulo, Brasil, Editora Pensamento.
Eben Alexander III. Prova do céu: A jornada de um neurocirurgião à vida após a morte, Editora Sextante/Gmt. 
Daniel Dennet. Thank goodness! The third culture. 2006.
Barbara Hagerty. Decoding the mystery of near-death experiences. NPR, 2009.
John Searle. The Problem of Consciousness, Social Research, Vol. 60, No.1, Spring 1993.
John Searle. Consciousness. Ann. Rev. Neurosci. (2000) 23:557-78. DOI: 10.1146/annurev.neuro.23.1.557


Mas, surpreendentemente, 'Alison' faz uso da seguinte chamada para o post:


Se absolutizarmos a lógica apenas perceberemos o mundo inteligível, se renunciarmos a ela conheceremos somente o mundo sensível. Ambas as opções implicam em mau uso do juízo.


Esta chamada, não minha opinião contradiz o texto, embora próprio texto tenha sido concluído com a mesma sentença... Ou seja, a parte final do parágrafo final do texto é reproduzida como chamada para o texto no Facebook... E fica evidente a contradição entre todo o desenvolvimento da crônica e a sua conclusão 'mezzo calabreza, mezzo catupiry"  - que é portanto reproduzida em destaque na chamada para o texto... A julgar pela chamada - ou conclusão - eu não teria perdido o meu tempo sequer lendo o texto, mas fui surpreendido pela qualidade do texto... Parece então, que o texto está composto de excertos, e somente a conclusão é do 'Alison', rsrsrsrs... Estou brincando, mas a discrepância é tão grande que parecem diferente escritores... E tratarei de explicar esta observação:

Antes preciso dizer que o texto é primoroso, quase até o fim, rsrsrs... Foi como um coito interrompido, uma sensação de 'ahhhh', justamente quando esperava por um 'grand finale', que o 'Alison' ficou devendo - com todo o respeito... Mas vamos direto ao texto... Primeiramente 'Alexander' não é propriamente 'brilhante', não é 'neurocientista', sendo basicamente um 'cirurgião'; assim como Francis Collins que foi um operário no projeto Genoma, registrando e catalogando, enquanto outro 'Francis', desta vez o 'Crick', juntamente com James Watson, foram as mentes científicas por trás do Genoma... 

Em segundo lugar, Alexander sempre foi crente, e o seu livro absurdamente apologético é, 'per si', prova cabal da falsidade do seu relato... Por quê? O nível de detalhes, absolutamente de acordo com a fantasia religiosa e vigente sobre o paraíso - viajando "nas asas de uma borboleta", com uma linda paisagem terrestre, bem e mal, inferno e paraíso - não deixa dúvidas de que Alexander viajou na maionese neural, em um colapso decorrente do coma-induzido por ocasião de meningite... Ainda em relação a este ponto, Alexander demonstra sua intenção apologética, ao designar sua experiência como uma PROVA, o que joga contra, e não à favor, de sua própria tese...

Lembremos que a Terra é um planeta raro, e o 'Paraíso' deve ser um paraíso universal, ou não??? Mais uma 'visão' ou alucinação, antropomórfica do paraíso, porque está sendo descrito um paraíso onde somente o homem viveria... Isso porque descrever a paisagem terrestre implica em uma atmosfera rica em oxigênio, o que exterminaria outras forma de vida desprovidas de mitocôndrias, o que já ocorreu em nosso passado não muito recente... Ou seja, não basta 'projetar' a Terra, criada para a criatura master, e apesar de localizada na periferia de uma entre muitas galáxias, e perdida entre oito plantes, nem a primeira nem a última, de um sistema estelar típico; temos também que consagrar um 'personal paradise', um paraíso para o homem, e onde a estrutura conjura a mesma estrutura da vida na Terra; com exceção de voar sobre uma borboleta... Mas não temos peso, não é verdade??? Espíritos e almas de outro mundo não pesam... Mas precisam de 'borboletas' para voar??? 

Como seria??? Somente o resto do paraíso tem massa, vazão de água, perda de carga, caminho preferencial, gravidade... O 'Paraíso' de Eben parece a REALIDADE, e isso pode ser muito conveniente, se não fosse completamente IRREAL... A borboleta, os rios que correm, as árvores, tudo conspira em favor da existência de uma estrutura 'paradisíaca' acomodada dentro da Física, da Termodinâmica, da Química, e da Biologia, menos o 'espírito' de Eben... 

Tudo isso é obviamente e inescapavelmente piegas, elevado ao extremo do absurdo... O que nos leva a conjecturar, e de forma bastante plausível, que o coma induzido de Eben afetou de sobremaneira os seus lobos temporais, parietais, córtex cingulado e pré-frontal, e alguma zona específica, especializada em contar mentiras descabidas sem sequer corar...

Mas o bom texto de 'Alison' explica que:

"Dado que Susan Blackmore respondeu satisfatoriamente as questões relacionadas aos sentidos, não pretendo me estender em explicações de como as alterações de estado mental podem comprometer o juízo. Sem dúvida, quase morrer é uma experiência impactante na vida de um indivíduo. Após uma tal experiência, alguns indivíduos abrem mão completamente de usar o juízo correto e passam a privilegiar experiências percebidas sem nenhuma ponderação. Racionalizar deixa de ser mandatório e apenas o mundo sensível passa a ser compreensível. Não penso que este seja o tipo de assunto que você deva jogar cara ou corôa para decidir se acredita ou não. Seria um processo de alimentar ilusões, de retroceder ao raciocínio primitivo. Tira-me do sério ouvir cientistas argumentando em favor desta visão."

E o 'Alison' é taxativo em seu 'texto': "Tira-me do sério ouvir cientistas argumentando em favor desta visão"... E a mim também, salientando apenas que 'Alexander' não é 'cientista', embora viva cercado de Ciência... Pessoas como ele e Collins, defendem com argumentos aparentemente racionais - o que não é o caso desta pataquada - e discursos articulados de forma aparente lógica, crenças às quais aderiram de forma TORPE, e muitas vezes doentia... Uma imbecilidade defendida com um discurso tentativamente 'lógico' ainda assim será uma imbecilidade...

Este nível de oportunismo e irresponsabilidade, tem profundo impacto em atrasar os avanços da humanidade em direção à lucidez coletiva... Embora, por outro lado, Alexander também seja uma vítima de si mesmo, e de sua vulnerabilidade em conformar falsos positivos... Inventamos a ciência para testar a nossa lucidez...

E o bom texto de 'Alison' segue: 

"Os sentidos são a única forma que animais destituídos de razão encontram para apreender o mundo. Nós, no entanto, podemos racionalizar o mundo. Desenvolvemos o raciocínio matemático e a lógica para isso. Embora não sejam definitivamente perfeições do juízo, são uma forma de apreender o mundo que, aliada à experiência, tem se mostrado eficaz. Quando renunciamos ao uso dessas ferramentas caímos no mundo puramente sensível e acreditamos no que nos impressiona e não no que parece ser correto. Assim nascem alguns mitos."

Lembrando apenas que - e este é um divisor de águas aqui - junto com a racionalidade o cérebro humano também veio dotado com a capacidade de ABSTRAÇÃO, sendo esta uma característica que induziu e continua induzindo 'falsos positivos'; i.e., anotar uma relação causal onde não existe absolutamente nenhuma correlação, e onde não existe - na realidade - absolutamente nada...

E o texto segue muito bem, e contra Eben, e contra o abandono da 'racionalidade', sob qualquer pretexto: 

"Longe de ser um pequeno deslize de raciocínio, isso é uma falha dos processos mentais e jamais deveríamos nos orgulhar dela tal como o faz Eben. Por mais perturbadora que uma experiência possa nos parecer, não devemos abdicar de usar sempre o juízo crítico. Após uma experiência de quase morte, seu raciocínio é posto à prova. Se você deseja desesperadamente acreditar que algumas fantasia são reais, provavelmente irá fazer como Eben e ignorar o juízo crítico. Irá acreditar no que experimentou porque foi pessoal e intenso, não porque passou pelo filtro da razão. Enquanto não passamos por essas experiências sabemos que renunciar à razão é a mais pura expressão da insanidade.

'Alison' deixa uma mensagem clara "Enquanto não passamos por essas experiências sabemos que renunciar à razão é a mais pura expressão da insanidade."... E mais ainda, abandonar a razão pode ser perigoso, mesmo quando passamos por experiências místicas... A ciência testa a lucidez de tais relatos, confrontando-os com evidências e a necessária repetibilidade... Por exemplo, sabemos que podemos induzir experiências como a de Alexander em um laboratório neurocientífico... E sabemos, e temos catalogado inúmeras síndromes que produzem alucinações, e podemos repetir tais fenômenos de forma controlada, e ainda monitorá-los pelo imageamento do cérebro... Isso nos permite saber, sem margem para dúvida, que estamos 'alucinando' tais fenômenos... 

Sabemos que ao longo da história, tal mitologia sempre esteve associada à terríveis desvios de confirmação e falsos positivos, demonstrando a conexão inseparável entre crenças e equívocos de percepção... Crentes, quando são submetidos à excitação eletromagnética de seus lobos temporais, tratam de alucinar encontros com deuses, em passeios pelo paraíso... Enquanto céticos, submetido à mesma experiência, 'alucinarão' a transcendência de seus corpos e a integração com a natureza, no nível molecular e atômico, sem deuses nem demônios, sem infernos e nem paraísos... E experimentos controlados, em laboratório, com o uso de determinadas drogas psicotrópicas, logram o mesmo efeito 'pseudo-místico'... Já, a excitação dos lobos parietais levará às viagens fora do corpo, e sendo este um experimento realizado mais de 16.000 vezes, somente pela Força Aérea Americana...

E o texto de 'Alison' prossegue:

"Razão posta à prova? provação não é um discurso religioso? A diferença é sutil, mas torna as duas provações diametralmente opostas. Quando se fala em provação de fé, faz-se referência a uma situação que o faz duvidar de sua crença. É uma provação dado que, pelos ditames religiosos, você deve resistir ao tentador desejo de questionar e manter-se firme em sua crença. Isto define bem a fé. Não desejo oferecer nenhum discurso conciliador entre religião e ciência, pois estes assuntos devem permanecer separados. Contudo, desejo usar uma expressão que foi usada pelo Biólogo Rafael Soares:

Se sua fé precisa de embasamento científico é porque está fazendo alguma coisa errada.

E entra mais fundo na importância de manter a razão e a lucidez:

"Por outro lado, quando falamos de uma provação para a razão não estamos falando de algo que a desafia, mas de algo que é contra as regras de seu uso. Questões que desafiam a razão são frequentemente temas de discussão para a filosofia dado que tornam-se estéreis no campo científico. Uma vez resolvidas na filosofia, passam a ser substrato para a ciência. Devemos conceder o benefício da dúvida sempre que possível, mas há casos em que simplesmente não se pode fazê-lo. Eben passou por uma experiência de quase morte e escreveu um livro intitulado “Prova do Céu. É, no mínimo, uma irresponsabilidade o emprego do termo “prova”! É uma postura indefensável sobre o ponto de vista lógico. Se ignorarmos a lógica, tudo passa a ser possível."... 

Sim, tudo em Eben parece ser muito irresponsável e revelador, ou tristemente doentio... Eben parece precisar de cuidados neurológicos, os seus lobos temporais estão em cheque...

E tem mais:

"Diferentemente dos discursos que reivindicam ter encontrado a prova para existência do paraíso, vida pós-morte, existência de anjos, etc., os processos mentais envolvidos nas experiências de quase morte são um assunto legítimo. Estudar as alterações de consciência experienciadas pelo indivíduo é algo relevante. De fato, a consciência é alvo de debates até o momento insolúveis. O problema da separação entre corpo e consciência é um dos mais antigos no campo da filosofia. É difícil explicar a consciência em termos de um produto do cérebro, pois se comporta como uma propriedade emergente. A consciência é algo característico de sistemas complexos, i.e., que não pode ser explicado de maneira linear (com correlações)."... 

E devo concordar cabalmente, embora discordando diametralmente do desfecho, afinal, a consciência que 'emerge' pode ser explicada racionalmente, e demonstrada com correlações 'sim', e o problema aqui é outro... Na verdade, o desejo de crer na 'vida após a vida', e o medo da morte, 'força a barra' articulando a concepção de um veículo ou conexão entre a vida e o 'pós vida' - sem vida... Essa forçação de barra levou muitos ao mero 'constructo', ou exercícios intelectuais sofismáticos, apropriando correlações equivocadas, e promovendo verdadeiras sessões de 'truques mentais', para provar teses facilmente refutáveis... Ou seja, não existe nada de errado em explicar racionalmente, ou por meio de analogias e correlações, como a mente - o cérebro - funciona, e como a sensação de consciência emerge... Na realidade o tema está 'sim' desgastado pela teimosia sofismática, que insiste em sofisticar uma velha besteira, a existência de uma 'alma' - cujo etimologia remete à mente, ou vice-versa -, que existe independentemente do 'corpo', ou do cérebro, e que sobreviverá à morte, ou ao fim da vida, ao fim do corpo, ao fim do processamento cerebral...

E o desfecho é realmente muito bom, ATÉ CERTO PONTO, e seria suficiente dizer:

"Finalmente, em oposição a algumas expectativas, a experiência de quase morte não é um motor de conversão. O filósofo Daniel Dennett passou pela experiência e relatou não haver tantos mistérios na experiência pessoal. Isso mostra que minha asserção a respeito de nosso desejo de acreditar em certas coisas pode ser intensificado pela experiência. Por outro lado, se usamos a razão de modo honesto, não há experiência pessoal que possa comprometer o bom juízo."

Não deveria haver... E isso basta, e isso é tudo a dizer... Mas a conclusão segue:

"Devemos sempre lembrar que o mundo é sensível e inteligível. Se absolutizarmos a lógica apenas perceberemos o mundo inteligível, se renunciarmos a ela conheceremos somente o mundo sensível. Ambas as opções implicam em mau uso do juízo."

O que coincide com o enunciado para o post... E assim, diante de um belo texto, de um belo trabalho, precisarei objetar extamente na conclusão... E por quê???

Analisado o texto, e posto tudo isso, pergunto: 'Qual é a relação entre o texto citado e a chamada: "Se absolutizarmos a lógica apenas perceberemos o mundo inteligível, se renunciarmos a ela conheceremos somente o mundo sensível. Ambas as opções implicam em mau uso do juízo."???' "Absolutizarmos"??? Isso é uma falácia retórica, conhecida como "pré-suposição", o que induz ao conhecido Efeito Forer, pela eloquência... Não existe nenhum 'absolutismo' da análise de que 'não podemos confiar em algo que não condiga com o mundo observado, nem com a experiência lúcida ou racional, e que não possa ser repetido'... Principalmente se SABEMOS, e com riqueza de detalhes, pela Neurociência - apenas nas últimas décadas -, que o nosso cérebro está longe de ser 'perfeito', possui 'bugs', tendência à vício de confirmação, adesão à eventos simplistas e causais, e a conformação de falsos positivos... 

Somos altamente sugestionáveis, em cerca de 20% da distribuição genética humana, 60% apenas sugestionável, dependendo das circunstâncias, técnicas e do promotor ou hipnotizador... E somente 20% gozam de plena lucidez, e adotam a atitude cética in natura... Estamos, por todo o exposto, ALTAMENTE sujeitos à desvios de percepção, ilusões, delírios e alucinações... E se um fenômeno ao mesmo tempo atenta contra os critérios de LUCIDEZ, e se confunde com fenômenos ilusórios e alucinatórios TÍPICOS, e tipificados pela ciência do cérebro e do comportamento humano, devemos sim objetar, em favor da razão, e sempre... E tal conduta não denota nada mais do que RESPONSABILIDADE, INTEGRIDADE INTELECTUAL, HONESTIDADE E CORAGEM...

E sigo, refutando o enunciado: "Se absolutizarmos a lógica apenas perceberemos o mundo inteligível, se renunciarmos a ela conheceremos somente o mundo sensível. Ambas as opções implicam em mau uso do juízo."... Por quê??? Baseado em quê??? Um texto muito bem constituído e desenvolvido em sua argumentação, simplesmente refuta a sua própria conclusão... E outra falácia retórica é tentada, quando o advérbio "apenas", é sutilmente colocado, e induzindo a conclusão... Afinal "absolutizamos" o uso da 'lógica', e sendo assim "apenas" perceberemos o mundo INTELIGÍVEL... Mas o que existe para ser entendido e que não seja INTELIGÍVEL??? 

Estamos aqui diante de um preâmbulo clássico e ultrapassado, para a 'metafísica', para o preenchimento das lacunas com o sobrenatural... O problema, só para começar, é que não existem lacunas... As únicas lacunas existentes, estão visíveis no parco conhecimento de quem 'enuncia' a questão... E o digo com todo o respeito... 

E sigo um pouco mais, "Se absolutizarmos a lógica apenas perceberemos o mundo inteligível, se renunciarmos a ela conheceremos somente o mundo sensível. Ambas as opções implicam em mau uso do juízo."... Afinal gostaria de saber 'o que pretendemos com um mundo que não seja SENSÍVEL à nossa cognição'??? E outra questão típica é tentada, a sugestão de que existe outro órgão ou centro de percepção em nosso corpo, que não passe pelo cérebro, i.e., pelo intelecto... 

Também vale lembrar que o processo criativo e investigativo, e mesmo intuitivo, parte sempre de uma mundo SENSÍVEL à nossa cognição, direta ou indiretamente...

E mais, sobre "Se absolutizarmos a lógica apenas perceberemos o mundo inteligível, se renunciarmos a ela conheceremos somente o mundo sensível. Ambas as opções implicam em mau uso do juízo.", por que "Ambas as opções implicam em mau uso do juízo."??? Por que insistir no escrutínio da lucidez é um "mau uso do juízo"??? Só antevejo uma resposta, a corriqueira falácia de que 'racionalidade e sensibilidade são mutuamente exclusivas', o que denota outra vez o pleno desconhecimento do complexo cerebral... A criatividade ou a sensibilidade, não implica no bloqueio da razão, à menos que a 'metafísica' ou a 'adesão ao sobrenatural' esteja sendo confundida com a criatividade e a percepção sensível da REALIDADE... Ledo engano, que o texto de certa forma esclarece...

Devo insistir uma vez mais, perguntando 'os nomes que serão citaram logo abaixo falharam em termos de sensibilidade ou racionalidade?'

Vargas Llosa,
Gabriel Garcia Marques, 
Drummond, 
Neruda, 
Gilmour, 
Waters, 
Lennon, 
McCartney, 
Cora Coralina, 
Quintana, 
Pessoa, 
Borges, 
Chaplin, 
Einstein, 
Russell, 
Nietzsche, 
Bacon, 
Espinosa, 
Machado de Assis, 
Lucrécio,
etc... 

Basta um exame superficial de suas obras, para constatar que nenhum destes personagens precisaram abdicar da sensibilidade para pensar, e nem precisaram abdicar do racionalismo para aguçar sua sensibilidade... Sensibilidade e racionalismo são funcionalidades normalmente associadas, e isso não não pode ser constatado por um observador pouco instruído ou dotado de limites de percepção... Além disso o mito da dualidade razão e sensibilidade, pensamento e percepção, pode ser entendido como uma mera extensão do mito da dualidade corpo e alma, corpo e mente... 'Apenas' mais um sofisticação do mito, útil àqueles que pretendiam promover a qualidade de seu discurso ou obra, pelo abandono da razão... Um lapso de bom senso seria suficiente para desmoronar com todo o castelo de fumaça...


Não existe droga mais forte do que a REALIDADE, e por isso não entendo porque muitos fogem para drogas menores como a cocaína, religião, e crenças no sobrenatural... Dizer que "Ambas as opções implicam em mau uso do juízo." pressupõe valor na crença no sobrenatural, e limites para a razão, o que me parece um desserviço à humanidade, além de falacioso e inverossímil... Ético logo Cético...

Carlos Sherman

segunda-feira, 25 de março de 2013

Divagações, Medo e Ignorância





[...] Divagações como essa " é perfeitamente possivel que a fisica quantica prove que existe algum tipo de energia que se misture com a energia ambiente após a morte ou coisa parecida", demonstram cabalmente o pleno desconhecimento sobre 'Física Quântica' além da Neurociência Cognitiva, da Fisiologia e da Neurofisiologia Humana, e ciências afins; apenas sofisticando a velha falácia do 'fantasma da máquina', um discussão do século XVII, XVII... Estamos em 2013.... Pura crença na crença, e um estranho sentido de ter o direito de abrir a boca para falar besteiras homéricas e sem constrangimento... Ridículo... E tenho dito...

[...] Se diz 'Carl Sagan' e não macule a memória de quem lutou contra estas sandices... Sagan jamais diria que " o universo pode ter coisas muito estranhas acontecendo. Coisas estranhas para nós.." E a única coisa plausível que você disse foi "Sei la"...

[...] Senhores, existe um diferença colossal entre 'INEXPLICÁVEL' e 'INEXPLICADO'... Reflitam... E enquanto esperamos para saber, o desespero de crer não é uma alternativa, seja em deuses, almas, ETs, e afins... E isso é crença, descrito pelo mesmo processo biológico da crença na crença... Não existe absolutamente nenhuma função para a alma, e não existe absolutamente nenhuma evidência que não tenha sido 'acachapantemente' refutada para a 'vida após a VIDA', além do medo e da subsequente fantasia da vida eterna... Entenda a morte e entenderás a vida, recuse aceitar a morte e recusarás aceitar a vida...

Carlos Sherman

IN-Feliciano



IN-Feliciano na comissão de 'Direitos Human', é a latrina do fim do mundo... "Direitos"??? "Humanos"??? O que existe ou subsiste de humano neste marginal? A pior representação possível de um excremento personificado...

Não mexe que fede ainda mais... 'Pastor da escova progressiva e do chilique, você não tem traquejo com o respeito, nem com direitos, nem com seres humanos "normais ou anormais" - conforme reza o seu discurso apologético e estelionatário...

Carlos Sherman

Abundam propagandas sobre 'El Che'...





Publiquei a foto de um rapaz que seria trucidado pelo racismo nazista, usando uma camisa nazista e feliz, com os dizeres: IMBECILIDADE TEM LIMITES??? Choveram comentários de apoio, etc.. Mas quando fiz menção à Che Guevara, dizendo que os mesmos comentários valeriam para o Che, o silencio reinou, e os apoios acabaram... Nem apoio, e nem refutação... Até que uma defesa foi articulada:


Você não entendeu,não estou defendendo Che,mas o significado dos símbolos na prática,ou seja o que realmente pode acontecer se forem usados! Entendeu!


Isso é uma farsa... Che era um psicótico... Estude o Che real... Não a imagem fictícia criada pela propaganda messiânica em torno dele... Um assassino psicótico, terrível, que em menor escala impingiu o mesmo tipo de terror...

Para começar, a famosa frase 'hay que endurecerse pero sin perder la ternura, jamás', não é dele... Mas esta frase abaixo sim: 

“Os negros, os mesmos magníficos exemplares da raça africana que mantiveram sua pureza racial graças ao pouco apego que têm ao banho, viram seu território invadido por um novo tipo de escravo: o português [...] O desprezo e a pobreza os unem na luta cotidiana, mas o modo diferente de encarar a vida os separa completamente; o negro indolente e sonhador gasta seu dinheirinho em qualquer frivolidade ou diversão, ao passo que o europeu tem uma tradição de trabalho e de economia que o persegue até estas paragens da América e o leva a progredir”. (CASTAÑEDA, 2006, página 75); (KALFON, 1998, página 87)
[O filme “Diários de Motocicleta” omitiu esta e muitas outras inconvenientes verdades sobre o diário de Che Guevara]

Che matava à sangue frio os seus companheiros de luta, e pelas costas, atirando na nuca, e vivia suspeitando de traição... Uma mania de perseguição doentia, em consonância com a sua personalidade psicótica....

Mas entendi o que disse... E isso porque a marca 'Che' não está devidamente associada à verdade 'Che'... Então ok... Mas isso nos remete à imagem crística, na mesma medida... Ou seja, entendo que a face crística em termos de propaganda não insufla o ódio, ok, mas a verdade por trás da propaganda crística sim, nos leva ladeira abaixo, como no caso del 'Che'.... Mas entendi a sua observação...

Entendi que a suástica nazista incita ao ódio, enquanto a imagem do 'Che', ou crística, não... Entendo e concordo... Tem razão sobre isso... Apenas observo que a imagem do 'Che' está completamente distorcida em relação à realidade... E mesmo concordando com você, gostaria de pontuar isso... O que está por trás da propaganda do 'Che' messiânico, é bem nefasto... Pelo menos para os povos oprimidos pela a farsa marxista... E tal mentira revolucionária conjura forças contra a estabilidade, e à troco de nada, e invocando uma figura irreal para personificação de tais falácias, como um exemplo a seguir... 

Mas entendi o seu ponto e mais uma vez concordo... Muito embora, hoje topei com dois rapazes no Shopping usando 'Che fashion', um era um playboyzinho, o outro era afro-descendente... 'El Che' real, por ele mesmo, e não pela lente de cineastas inescrupulosos, foi racista, homofóbico, tirano e ditador, e um assassino covarde, capaz de disparar pelas costas contra seus companheiros, e até mesmo na nuca de um garote de 12 anos - que se recusou a obedecê-lo... Mas é idolatrado como um símbolo de liberdade, coragem e humanidade... Isso me ofende... Não obstante concorde com a sua análise...

Carlos Sherman

Make The Break



Former NASA scientist Dr. Reginald J. Exton presents a succinctly powerful case for the human origin of religions. Lists of events, scientific observations, and religious developments lead inexorably to the conclusion that humanity itself created gods and religions to shield itself from the unknown.

“My sincere hope is that the book will help to relieve people of their historical guilt and clarify the individual rights and responsibilities of all human beings,” Exton says. “These hopes are particularly meaningful at the beginning of the twenty-first century as two major religions again conduct crusades against one another, and the political arm of religion in the U.S. strengthens itself to secure by ‘democratic’ means what it cannot obtain by argument.”

Make the Break (If You Can) concludes with a positive, reality-based alternative to god-based religions that captures the best parts of the religious philosophies practiced today.








El "Che" por el Che...




Maradona não poderia ser um garoto propagando mais apropriado, para Che Guevara, afinal nada como um farsante para lardear sobre outro... Ernesto “Che” Guevara Lynch de la Serna é uma farsa histórica sem precedentes... Che não passou de um assassino covarde, encoberto por um discurso altamente “marqueteiro” e hipócrita, de justiça social e revolução, feito principalmente por Fidel Castro e pelos propagando comunista soviética, da qual eles eram marionetes...

Na verdade Che Guevara era um psicótico, arrogante, assassino, totalitário, e completamente avesso à vida em liberdade... Che foi responsável diretamente pela matança de muitos inocentes, contribuindo para uma "Nova Cuba", um regime de terror, uma ditadura capitaneada pelo não menos psicótico Fidel - e agora nas frágeis mãos de irmão Raul...


'Che', comandante em chefe das "forças revolucionárias" de Fidel, não media esforços para colocar em risco a vida de seus comandados, inclusive liquidando alguns de seus comandados, e razão de uma desconfiança doentia, típica de psicóticos ou viciados em drogas... E tinha o dedo pesado na hora de ordenar torturas e fuzilamentos em massa... Foram milhares de pessoas mortas por suas ordens, ou diretamente executadas por seu calibre 45, sempre 'covardemente' atado à cintura... 

Mas o mais 'terrível' em todo este 'terror', é o gigantesco contra-senso que dá a este assassino o enlevo de um 'democrata, libertador, lutador emérito pela liberdade, amor, igualdade, justiças, etc'... A fantasia em torno de sua figura e biografia, alcança os limites da mentira sórdida e grotesca... 'Che' personificou a opressão e a ditadura, em todos os sentidos... 

'Che' Guevara é comparado à outra farsa, Cristo, mas seria melhor descrito em analogias com açougueiros do calibre de Pinochet, Mao Tse Tung, Stalin, Mussolini, Franco, Pol Pot, Lenin, Hitler e o próprio Fidel Castro... 'Che' nunca foi um 'pensador', nem mesmo um estrategista, estacando na  categoria de assassino histórico, um comandante sanguinário, arrogante e tosco, ao longo de toda a sádica campanha... 

Todos os açougueiros supra-citados, foram imortalizados como tal, enquanto inacreditavelmente e descabidamente, Che Guevara é representado como um 'florista', um filósofo, um mártir da humanidade... Parte deste circo sem pé nem cabeça, está montado sobre duas colunas, a imagem 'cristológica' e messiânica feita pelo fotógrafo Alberto Korda em 1960, e uma frase que não é sua: “Há que endurecer sem jamais perder a ternura” - na verdade um lema e parte da propaganda da revolução, cuja autoria não é de 'Che'...

Em 1952, falando sobre a origem e predominância africana na Venezuela, 'Che' não deixa dúvidas sobre o pensa sobre “os negros”:


Os negros, os mesmos magníficos exemplares da raça africana que mantiveram sua pureza racial graças ao pouco apego que têm ao banho, viram seu território invadido por um novo tipo de escravo: o português [...] O desprezo e a pobreza os unem na luta cotidiana, mas o modo diferente de encarar a vida os separa completamente; o negro indolente e sonhador gasta seu dinheirinho em qualquer frivolidade ou diversão, ao passo que o europeu tem uma tradição de trabalho e de economia que o persegue até estas paragens da América e o leva a progredir”. (CASTAÑEDA, 2006, página 75); (KALFON, 1998, página 87)
[O filme “Diários de Motocicleta” omitiu esta e muitas outras inconvenientes verdades sobre o diário de Che Guevara]

Na Costa Rica, Che escreve:

“Fiquei do lado de fora com Socorro, uma neguinha [negrita] que eu tinha arranjado, com 16 anos no lombo, e mais puta do que uma galinha.” (ANDERSON, 1997, p.143)

Em uma entrevista radiofônica, concedida logo após o seu retorno a Havana, Che Guevara fornece uma boa pista sobre o futuro dos negros e mulatos cubanos, em sua 'ilha'. Luis Pons, um empresário cubano e 'negro', pergunta a Che sobre os planos da revolução para a "população de cor", ao que Che responde:
“Nós faremos por negros e mulatos exatamente o que eles fizeram pela revolução... Ou seja: nada." (FONTOVA, 2009, p.241)

No documentário “Anatomia de um mito”, Pedro Corzo entrevista à Miguel Sanchez, “El Coreano”, um dos homens que treinou a força expedicionária de Castro do Granma no México em 1956: “Che adorava diminuir um guerrilheiro cubano chamado Juan Almeida Bosque, que era negro. Ele sempre se referia a ele como ‘el negrito’. Almeida ficava possesso com Che, de modo que finalmente lhe disse: ‘Olha, Juan, quando Che te chamar de el negrito, chama-o de el chancho (o porco), porque o cara nunca toma banho'. Isto funcionou durante algum tempo, mas Che logo encontrou outras vítimas para seu racismo inato, desprezando todos ‘esses mexicanos, índios e iletrados.’”... E assim foi...

Em fevereiro de 1963, "Che" decide formar um foco guerrilheiro na Argentina, e Alberto Castellanos afirma que o chefe da escolta – Harry Villegas, o Pombo – não foi chamado porque era negro, tendo "Che" dito à todos: “Aonde vamos não existem negros”. (CASTAÑEDA, 2006, p.325)

Castellanos contou ainda que Guevara lhe falou em particular: “Está bem. Mas não vá se vestir de índio, porque você não é índio, e diga a Villegas que ele não pode ir com você porque é preto e para onde nós vamos não há pretos.”
(ANDERSON, 1997, p.627)


Fonte: Ernesto "Che" Guevara

domingo, 24 de março de 2013

Marx, a "destruição" de um mito...


“A sociedade está prestes a presenciar uma revolução silenciosa, a que deve ser submetida e da qual não deve haver notícia alguma acerca da realidade humana tal qual o terremoto faz com relação às casas, ante ao seu terrível poder de destruição. As classes e as raças, fracas demais para dominar as novas condições de vida, devem ser submetidas à dominação.” 

Karl Marx, 1853

Che e os "negros"...





“Os negros, esses magníficos representantes da raça africana, que conservam sua pureza racial por uma falta de afinidade com o tomar banho, veriam sua seara invadida por uma raça diferente de escravos: os portugueses. As duas raças agora compartilham uma experiência comum, cheia de querelas e discussões. A discriminação e a pobreza os unem numa batalha diária pela sobrevivência, porém suas atitudes diferentes em relação à vida os separam por completo: o negro é indolente e irresponsável, gasta seu dinheiro em frivolidades e bebida; o europeu vem de uma tradição de trabalho e poupança, que o acompanha até este canto da América e o impulsiona para ir além, até mesmo independentemente, de suas próprias aspirações”.

"Che Guevara – Uma Biografia", página 114, de Jon Lee Anderson, 1997, Editora Objetiva

Endereçando a verdade: 'sobre suásticas e culturas'...


Imbecil com camiseta com a 'suástica nazista'...

Publiquei a imagem acima com a chamada: 'Imbecilidade tem limites???'... Choveram comentários de apoio, até que um amigo fez a seguinte observação:

"Ainda que pareça adsurdo; voces nao pensam que se pessoa que aparece na foto fosse da India todos seus comentarios estivessem equivocados?"

Suástica nazista...

Esclareci:

Meu querido amigo, absurdo é você pensar que eu não investiguei a questão antes de enuncia-la, rsrsrs... E por quê??? Esta é inegavelmente a insígnia do Nazismo, e sem margem para dúvidas, e de nenhum outro grupo ou cultura, em nenhum tempo ou lugar... E 'sim', foi utilizada pela propaganda de Joseph Goebbels, devido ao seu apelo histórico como símbolo da sorte, e porque - segundo ele - seria de fácil assimilação "devido à compreensão limitada do povo"... E pensando assim, Goebbels trabalhou para encontrar um símbolo - ou slogan - que fosse ao mesmo tempo simples e forte, para repeti-lo à exaustão... E assim foi... E a lavanderia do furher entrou em ação, sob o signo da INCONFUNDÍVEL SUÁSTICA NAZISTA... 



Sirlei Gedoz, historiadora, considera a 'suástica nazista' um símbolo "sedutor e que cativa o olhar. [...] a representação gráfica da suástica nazista transmite a noção de movimento, que significaria o progresso da nação alemã"... A suástica ou 'cruz gamada' é - sem sombra de dúvidas - um símbolo considerado por muitas culturas, e encontrado em culturas que sequer estiveram em contato... Podemos considerar a suástica, portanto, um símbolo intuitivo; mas guardando sempre pequenas ou significativas variantes, ou aproximações, como no caso do nazismo, com linhas retas e geométricas, e braços, provocando a noção de movimento; enquanto outras culturas apresentam um caráter estático, e em outros casos as linhas geométricas são substituídas por linhas circulares, enquanto outras cruzes são utilizadas sem braços... 





A origem da suástica remonta à tempos imemoriais e registros históricos, antropológicos, mitológicos e arqueológicos, nos prestam conta de que vários povos ou civilizações fizeram uso dela, dos Gregos e Celtas aos Romanos, passando por povos germânicos, por índios Navajos e Hopi, pelos Maias e Astecas, pelos islâmicos, pelos malteses, por chineses, japoneses, e também por budistas e hindus - conforme bem salienta o meu amigo Julio Moracen Naranjo... 

Suástica nazista à esquerda, imagem de buda e detalhes da suástica budista à direita...

Na Índia, tal símbolo - em sânscrito - está relacionado à sorte, ou 'àquilo que traz sorte'...As suásticas islâmicas e maltesas - por exemplo - se parecem mais hélices do que propriamente com suásticas... A dita 'suástica celta', na verdade não se parece em nada com uma cruz gamada típica, e requer certa dose de boa vontade para ser considerada como uma 'suástica'... Na China há um símbolo de orientação quádrupla, que segue os pontos cardeais; desde o ano 700, a suástica assumiu o significado de número dez mil, rsrsrs... No Japão e em outros países do dito 'extremo oriente', como a Coréia, Vietnam, Camboja, a 'suástica' é utilizada para marcar a localização de templos e santuários na cartografia... As suásticas indianas, citadas por Julio, mais parecem reflexos no espelho do símbolo Nazista, só que inegavelmente estáticas, e muitas vezes com pequenos pontos ou círculos entre seus quadrantes [卍]... 

Mapa do metrô em Taipei...

Mas notem que a imagem pode estar invertida... No caso abaixo, uma representação invertida da mesma imagem... Sendo assim existiria, como ressaltado por meu amigo, a possibilidade de ser um simbolo indiano - entre outras representações culturais... Mas a imagem em questão não era essa, e sim a do início do post...



Aqui uma camiseta idêntica à utilizada na foto que deu origem ao post, com a suástica nazista:



Existe


O Nazismo criou à partir da suástica 'histórica', a Suástica Nazista, sem espaço para dúvidas, e primeiramente porque o seu 'giro', apresenta 'sentido horário' em relação aos braços, mas anti-horário no sentido intuitivo do giro; enquanto todas as demais culturas e representações ao longo da história, representam a suástica predominantemente no sentido anti-horário em relação aos braços, e horário no sentido intuitivo do giro... Além disso, a suástica nazista invoca a noção de movimento, inclinando a cruz central, que assume a posição de um 'x'... O seu perfil geométrico, emoldurado por um círculo, e contra o fundo vermelho, não deixam dúvidas... Não Julio, está não é uma simbologia indiana, e nem Maia, Celta, etc...  Esta é a terrível suástica nazista, e merece todos os comentários acima, e muitos mais... 

Este é o símbolo do terror nazista, do terror que pode ser impingido quando homens psicóticos e ambiciosos encontram uma janela na história, e submetem milhões ao hipnotismo de sua loucura... E assim sendo, espero haver colaborado mais uma vez em endereçar a verdade... O mundo já está suficientemente apinhados de lunáticos e irresponsáveis, e trabalho em favor da lucidez... Por isso 'Ético logo Cético'... Sempre...

Carlos Sherman


E o meu amigo insistiu:


Meu amigo Carlos, somente fiquei surpreso como voce dedicou seu tempo a uma simples foto utlizando a palavra imbecil sabendo tanto sobre a svastica, como no seu texto voce explica. Em fim em seu comentario nao ficou bem claro o que preocupa a voce; a cor da pele de ele e ter um simbolo de uma ideologia diferente a sua cor? Meu comentario foi uma ironia a rapidez como a gente compra uma imagem a qual poderia ser como fala alguem, puro fotoshop; as ingenuidades da internet. Nao e tambem para ficar muito serio


E insisti no meu ponto e na minha indignação:

Amigo, sou eu quem estou surpreso o comentário: "nao ficou bem claro o que preocupa a voce; a cor da pele de ele e ter um simbolo de uma ideologia diferente a sua cor?"... "Ideologia diferente de sua cor"??? A "ideologia nazista", se é que podemos chamar ao devaneio assassino e doentio nazista de 'ideologia', não é apenas uma "ideologia diferente a sua cor", é uma 'ideologia' em desacordo com tudo o que se refere a ser HUMANO, com direitos humanos, civis e individuais... Estou surpreso, que tenha escolhido a bordagem pela 'cor da pele', e mais surpreso ainda que considere o nazismo uma ideologia referente à uma ou outra cor... Eu estou tratando de um individuo, sem me importar com a sua cor, e que defende uma ideologia criminosa contra a humanidade, mas que atentaria 'sim' contra indivíduos como ele, fenotipicamente falando, e em função do extremo preconceito infundado pelo nazismo... Só isso, e tudo isso... 

A velha questão de 'cor' não tem nada a fazer aqui amigo... E você bem sabe que eu não me interesso por isso... E insisto, viemos todos de uma mãe africana, da África oriental, à cerca de 150.000 anos, e de fato - a não ser na vã sociologia - não existem raças, e nunca existiram... E somente em razão de profunda ignorância genética, é que tanto se fez e se faz em relação às raças... A quantidade de melanina na pele não é mais importante do que o sistema imunológico, e outros fatores, que nos aproximam, fisiologicamente, ou nos diferenciam - mais ou menos... 

Como você salientou a questão 'indiana', percebi que o rapaz tem traços 'indianos'... Logo abaixo da superfície que envolve assuntos como este existem importantes conceitos que realmente importam... E nesta interlocução estas questões se tornam ainda mais evidentes pra mim... Por isso dedico-me à endereçar a verdade, pela instrução, pela investigação, porque como disse, já existe muita confusão, oba-oba e irresponsabilidade no ar... 

E analisei a foto, que figura na Internet em várias versões, além desta versão, e da mesma versão só que 'rebatida', para confirmar ser esta a versão correta... Caso a foto fosse rebatida, a suástica - mesmo visivelmente nazista - inverteria o sentido - horário, anti-horário... Encontrei uma foto com melhor definição, e fiz um zoom, confirmando a escrita que aparece ao lado esquerdo do rapaz, como sendo o sentido correto... Si, este rapaz está com uma camiseta nazista... Seia possível, em sua ingenuidade, que estivesse usando uma camisa sem entender o seu significado, em função de confundir o símbolo com a suástica predominante nas culturas do sub-continente indiano... 

Pode ser também uma falsificação, mas isso não importa... Estamos discutindo o conceito de apregoar o nazismo, e considerando ainda que este rapaz, em função do preconceito nazista, seria evidentemente morto, e sem direito a sursis... De forma que, não importa se é uma imagem tratada pelo Photoshop ou não, existem diversas imagens que não deixam dúvida, com IMBECIS fazendo apologia do nazismo, em cujo racismo eles teriam padecido... 

Mas brother, esta não é a primeira vez que divergimos, rsrsrsrs, e não será a última... Mas confesso que esta é a primeira vez que não consigo respeitar a divergência... E considero um assunto importante 'sim', mas evidentemente estamos conversando numa boa... E tenho muita saudade de você e de nossos maravilhosos debates... 

Amigo, estive em um bar em São Carlos, há alguns meses, chamado 'Spades'... Estava tomando um Jack Daniel´s no balcão, apreciando a decoração do bar e o som, e na companhia de dois amigos... Quando reparei na bandeira do exército confederado, muito utilizada pela Ku Klux Klan... Então fiquei meio chateado, rsrsrs, e como já havia bebido um pouco fiquei, também fiquei exaltado... Mas a coisa toda piorou quando li na camiseta do garçom os dizeres como 'Skin Head Power', e fiquei ainda mais cabreiro... E foi quando percebi que havia um grupo de rapazes e meninas com tatuagens como 'KKK', 'Skin Head', 'Neo-Nazi', e as respectivas suásticas... Bom, você me conhece, não sou um homem passivo, sou combativo e íntegro, e arrumei a maior confusão... Disse a todos que eram 'IMBECIS', e não tinham a menor ideia do mal que as 'ideologias' que representavam por modismo, haviam causado à humanidade... E chamei 'sim' a todos de IMBECIS, e insisto nisso.. 

Não sei de a informação é relevante mas, já que tocou no tema da cor, vale lembrar que todos os imbecis, no referido bar, 'tinham a mesma cor dos monstros que consagraram a ideologia em questão, o nazismo' - todos eles... E posso garantir que isso não arrefeceu a minha indignação... Nem um pouco... E tenho certeza que não arrefeceria a sua indignação se você estivesse presente, afinal eu bem sei que você é um homem íntegro intelectualmente, e em seus princípios, mesmo que eventualmente possamos divergir... Mas se estivéssemos juntos, e eu pudesse gozar do prazer de sua companhia, teríamos feito xixi sobre aquela bandeira, rsrsrsrsrs...

E insisto que existem imbecis que não sabem de nada, não tem ideia do que estão fazendo, vão na onda do 'SOU DO CONTRA', e isso provoca a minha indignação... Pode parecer exagerado, mas considero que 'pior do que o som dos tiros, é o silêncio dos homens de bem'... E de certa forma, posso estar embalado por este acontecimento, e posso estar indignado com esta foto... E assim é... 

Um forte abraço....

Carlos Sherman

"Primeiro, os nazistas vieram buscar os comunistas, mas, como eu não era comunista, eu me calei. Depois, vieram buscar os judeus, mas, como eu não era judeu, eu não protestei. Então, vieram buscar os sindicalistas, mas, como eu não era sindicalista, eu me calei. Então, eles vieram buscar os católicos e, como eu era protestante, eu me calei. Então, quando vieram me buscar... Já não restava ninguém para protestar." - Martin Niemoller