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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Humanos e só...



Publicaram a foto acima e o debate foi deflagrado... Muitos em defesa do 'senhor deus', outros em defesa da aleatoriedade da vida...

Concluí:

O mundo está como pode estar... Não existe de fato o 'se'... E o mundo está bem melhor do que ontem, e do que antes... Podemos divagar sobre parâmetros subjetivos sobre qualidade de vida, mas o que dizer sobre a 'mortalidade infantil', e sobre a 'expectativa de vida'??? São parâmetros objetivos... Pois bem desde o homem de cro-magnon, no Paleolítico Superior, passando pelos tempos bíblicos e desembocando na 'crente' Idade Média', tais parâmetros não sofreram alteração significativa, e a expectativa de vida beirou os 40 anos - Cristo portanto esteve abaixo -, enquanto a mortalidade sempre foi 10 vezes maior do que os piores panoramas atuais - registrados em países maiormente crentes... Aliás, quanto mais crente mais faminto, menos instruído, mais desigual, com maior mortalidade infantil e menor expectativa de vida... Por quê??? Qual é o mapa de deus??? Estarão rezando para o deus errado? Qual é o deus certo? Deus existe? O Renato A. Ribas Oliva deu a deixa, e o Milton pode ficar tranquilo... Afinal deus não tem nada a ver com tudo isso... E isso porque 'deus', 'deuses', são subterfúgios humanos, fomentado pelo medo de muito, a ânsia de dominação de outros, entre outros desafios evolutivos e neurofisiológicos - impressos sobre a cultura, e não o contrário... Deus é uma invenção humana, contraditória e mal acabada... E dá no que dá... Confusão, hipocrisia, irracionalidade, MEDO...

Parafraseando Nietzsche, somos humanos - troppo umanos -, e só... A beleza e a dificuldade de ser quem somos, tateando no vazio, perdidos no tempo... Mas lindamente dotados da percepção e da cognição, desfrutando na primeira fila a maravilha de estar vivo... Conscientes de nossa existência, capazes de exercer a embatia e o amor... Mas perdidos em toda a imensidão que nos cerca, frágeis, assustados... Somos muito mais quando funcionamos de forma unida, coletiva, sem desprezar a individualidade... Somos sociáveis mas também cientes de nossa liberdade... 

Somos humanos, demasiado humano... E só... Não somos eleitos nem estamos em um lugar especial, em uma condição ou tempo especial, nem possuímos os super-poderes da vida eterna... Somos tão e somente, maravilhosamente, HUMANOS...

Carlos Sherman

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