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quarta-feira, 4 de junho de 2014

O passado é uma terra desconhecida



Publicaram a besteira acima... E perdi o meu tempo explicando:

Silvia, trata-se de um desvio cognitivo de confirmação, além de amplo desconhecimento histórico e antropológico... Explico: não estamos piorando, o 'homem' não está piorando, os humanos não estão menos 'humanos'... Ao contrário... A bíblia e o passado endossavam a poligamia, mulheres não passavam de objetos, espólio de guerra... O estupro era institucionalizado... A História é um processo contínuo. convergente e contingente... Para quem você está se queixando? Este processo é contingente! Melhoramos e nos adaptamos às contingências de cada tempo... E a sua observação está conformada em um lapso temporal e cultural, daí a 'ilusão' ou desvio cognitivo... Nunca houve um tempo mais apropriado para desenvolver um bom relacionamento, apesar da percepção em contrário... O 'sexo' hoje pode ser curtido com liberdade e por homens e mulheres em pé de igualdade... O abraço nunca foi tão valorizado, e hoje conhecemos a sua força... No passado, os pais mantinham certa distância autoritária dos filhos, o que redundava na mais absoluta falta de abraços... Beijar na boca é natural, e disputado apenas por imbecis - que também povoam todas as épocas... Em contra-partida a misoginia caiu, o machismo caiu, não casamos com dotes e arranjos, e a poligamia, assim como o estupro são crimes... 'Eu te amo', em nossos dia, vai embalado em maior espontaneidade... 'Aliança' pra quê? Não precisamos esgrimir com a posse, e sim com a permanência lado-a-lado por mero consentimento mútuo... Os 'elogios' são mais espontâneos também, e existiram grosseiros antes e existem hoje... O 'namoro' está aí, mas a liberdade também... As relações duram o tempo que merecem, e o namoro vem depois de um certo conhecimento... Já não precisamos apressar o 'compromisso' e, sendo assim, podemos conhecer melhor uma pessoas antes de fazer promessas... O 'amor' não sai de moda... A 'aparência' sempre foi importante, e hoje pode até ser considerada menos importante... 'Trair' é parte da vida, mas em um jogo mais aberto, trair se torna desnecessário... Traíamos mais no passado, descobrimos com mais facilidade no presente... O 'ser humano', o que inclui - presumo - você e eu, segue a sua sina, involuntariamente... Não existe tal entidade animista: 'o ser humano'... As diferentes pessoas, dentro das diferentes cultural, e em geral, vivem de forma muito mas aberta, livre, e espontânea; o que pode e deve gerar novos desafios, e o melhoramento contínuo segue o seu curso.... Humano, troppo umanos... - Carlos Sherman 

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