Um amigo
publicou:
“Os
homens casam-se por fadiga, as mulheres por curiosidade; ambos se desiludem...”...
Oscar Fingall O'Flahertie Wills Wilde
Comentei:
Tenho apreço e
mesmo admiração por Wilde, mas não significa assinar embaixo de tudo... Acho
que colocando um "que", ajustaríamos a questão ao fato de que as
pessoas e os relacionamentos, por mais que os padrões gritem, são diferentes...
Então teríamos "os homens que se casam.... e as mulheres que se casam..."...
Existe um certo sentido, mas a questão é muito mais complexa, pra ser
sentenciada desta forma...
Sobre o
comentário da outra amiga, observo apenas que, homens e mulheres
"podem" casar por segurança, mas as mulheres o fazem com maior
frequência... Muito maior... Por tendência genética, motivações culturais,
enfim, a maternidade... Aliás, casam e se mantém casadas por segurança... Wilde
não disse isso... Não disse que os homens casam por segurança, senão por
fadiga... Porque não querem mais caçar... E finalmente Wilde diz também que as
mulheres casam por curiosidade, e acho que muitos em geral casam por
curiosidade, sendo que as mulheres com mais frequência, até porque a cultura
trata de impulsioná-la por este caminho, enquanto desencoraja os homens... Acho
que casamos por tantas razões... Mas sei que a força das circunstâncias impera
nesta decisão... E as circunstâncias no jogo da vida são tão variadas, e
avassaladoras... Existem padrões sim, mas são mais complexos... Wilde estava de
mal humor quando escreveu isso, mas nos estimulou, rsrsrsrs...
Amiga, não é a
minha opinião, é a opinião de Oscar Wilde... Ele diz, "Os homens casam-se
por fadiga, as mulheres por curiosidade; ambos se desiludem" - Oscar
Fingall O'Flahertie Wills Wilde... Meu comentário veio apenas porque você
escreveu "Pessoalmente creio que tem razão. O homem casa sempre para sua
segurança", mas ele não escreveu isso... Então esclareci, que ele se
referia à fadiga, ao cansaço, e não à busca de segurança... Foi isso...
Não existe crise
no amor... Não existe crise em AMAR... Verbo Intransitivo... AMAR no sentido puro
de subtrair de seus parcos recursos, de sua atenção, tempo, força, capacidade,
contrariando o gene egoísta, e conferindo a outra vida um status maior do que a
sua própria vida...
Modalidades de
relacionamento vem e vão... O casamento versa sobre patrimônio e não sobre
sentimento, e muito menos sobre AMAR... Relacionamentos vieram e se foram sem a
atitude de AMAR estar presente... E muitos amaram sem lograr um relacionamento...
Wilde fala sobre o casamento, que realmente está caindo em desuso... Não sobre
AMAR... Estamos ampliando as nossas possibilidades e arranjos para viver...
Casar ou não será irrelevante...
Amar é uma
possibilidade, uma atitude, um estado... Como pode sair de moda? E esteve de
moda antes e muito antes? Quando se casavam por dinheiro e terras? Ou quando se
casavam por religião? Seguiremos amando, uns sim, e muitos não... Na minha
modesta opinião...
Amar sempre esteve em moda, de Wilde a
Drummond...
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