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sexta-feira, 15 de março de 2013

O Enigma Lúcifer - Rodolfo Lobato


O Enigma Lúcifer
Rodolfo Lobato


O Enigma Lúcifer é um livro ficcional que tem como pano de fundo o Holocausto. Mas, por que falar do Holocausto, algo que aconteceu a tanto tempo, em outro continente, com outras pessoas? Essa foi a segunda pergunta que me fiz, após responder a primeira, sobre o porquê de escrever um livro. Achei que seria interessante compartilhar os principais motivos que levaram ao surgimento d’O Enigma Lúcifer. Embora, O Enigma Lúcifer não seja, exclusivamente, sobre o Holocausto, ele serve de base ao Romance.


=>Quando era criança, freqüentava as aulas de uma professora particular que tinha entre seus outros alunos, um garoto fascinado pela segunda guerra mundial, e é com toda a certeza, na minha memória, o primeiro contato que tive com os acontecimentos na Alemanha nazista. Esse garoto sabia o nome dos principais líderes, acordos militares, datas, ele conhecia os principais pontos para um entendimento geral sobre o assunto (ao menos era assim que eu percebia naquela época). A partir desse primeiro contato, comecei a buscar em bibliotecas por publicações sobre o assunto, e embora não fosse a época da internet, eu era um rato de biblioteca, e consegui montar uma lista de bibliotecas e sebos por onde comecei a devorar literatura, nem sempre boa, sobre a segunda guerra: Anne Frank, Joseph Heller, Ken Follett, Günter Grass, Hemingway, História da Segunda Guerra, livros sobre a juventude hitlerista, os antissemitas: Os Protocolos dos Sábios de Sião. Mein Kampf,O Dôssie Rosenthal, Sobre os Judeus e suas mentiras, O Judeu Internacional; biografias, textos sobre o “negacionismo” do Holocausto, sobre a indústria do Holocausto, etc. Hoje, eu entendo o fascínio daquele garoto nas aulas particulares. Sem querer ser cínica, a historiadora Gulie Ne'eman Arad, destaca que o Holocausto é uma boa história, pois tem todos os elementos, os personagens malignos. Há o cara mau, as pessoas boas, as vítimas inocentes. É algo que fascina as pessoas, porque parece maior do que a vida. E há o chamado final redentor, para algumas pessoas, pela maneira que encaram isso. Há algo extremamente indutor, extremamente apelativo, sedutor naquela combinação, em que você está cheio de compaixão, de pena por pessoas que você não conhece, por pessoas que talvez, como grupo, você particularmente não gosta, os judeus. Há pessoas que você realmente respeita, os cultos alemães, e todos estes elementos, todas estas contradições são extremamente apelativos para nossa mente.

  
=>Algumas vezes, esbarrei em discursos do tipo: “Aprenda a lição do Holocausto”, ou “As Lições do Holocausto”. Neste caso, o fato de ser professor de sociologia poderia ser muito mais um problema do que uma solução. Estaria correndo o risco de escrever algo didático, e fugindo do objetivo e interesse de contar uma história? Muito embora, as principais lições do Holocausto sejam evidentes, tais como: não eleja alguém como Hitler, não mate ou persiga as pessoas, há outras, não menos importantes para entender e aprender. Embora O Enigma Lúcifer seja uma obra ficcional, toda a estrutura é baseada em eventos, locais e personagens reais, mas não é minha intenção ensinar nada ao leitor, no entanto, se ele tirar algum proveito além de algumas horas lendo uma história, melhor para ele.

  
=>O Holocausto foi cometido por pessoas, contra outras pessoas, sob o silêncio de muitas pessoas. Talvez, este tenha sido o motivo mais forte para a escrita do livro. O Holocausto é um evento de nosso tempo, conhecer o Holocausto é entender a época em que vivemos, e em certa medida, quem somos.

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Obra-prima... Estou honrado e impressionado... Já conhecia o seu talento como pensador, agora estou acachapado pelo seu valor literário... Meu mais profundo respeito...

Um forte abraço...

Carlos Leger Sherman Palmer



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